segunda-feira, 8 de novembro de 2010

HISTORIA DA IBCOR: o ministerior diaconal

Capitulo XII A Igreja e o Ministério Diaconal

Os servos de Deus que se dedicaram ao serviço no Ministério Diaconal na IBCOR exerceram esse ministério desde os seus primórdios até a presente data. Algumas deze-nas já serviram a Deus e à sua comunidade neste trabalho. A IBCOR sempre valo-rizou os integrantes do ministério diaconal cujos componentes ocupam a liderança na Igre-ja e auxiliares sempre presentes dos seus pastores, em especial nas áreas de visitação e serviço social, sem descurar da participação nas atividades administra-tivas da Igreja.

A instituição. O Ministério Diaconal foi instituído na IBCOR em 7 de maio de 1907no primeiro pastorado de Manuel Corinto Ferreira da Paz, quando a Igreja deliberou escolher os primeiros integrantes e elegeu Felinto Pereira Freire e Agripino Ferrei- ra de Barros, sendo submetidos a um período de experiência, antes da consagração. No período da experiência Agripino Ferreira de Barros retornou para a Igreja de Nazaré da Mata, de modo que foi consagrado apenas Felinto Pereira Freire no Culto de Vigí- lia do Ano Novo (1907-1908), quando a Igreja era dirigida pelo Pastor José Pedro da Silva. A data da eleição desses primeiros Diáconos levou a IBCOR a definir o tercei ro domingo de maio como o Dia do Diácono Batista do Cordeiro, ocasião em que é come morada a instituição na Igreja. O Ministério Diaconal da IBCOR, a partir desse marco inicial, foi recebendo novos integrantes para atender ao crescimento do rebanho do Senhor nesta localidade, bem como para substituir os que se mudaram e aqueles que foram chamados para a Glória.

Pastorado Manoel Corinto da Paz. Nesse Pastorado o Ministério Diaconal foi estru turado, sendo eleitos e consagrados: Francisco Fernandes de Oliveira (1909); Manoel Firmino de Mello (1911); Benedito Firmino de Mello, em 1911; José Baptista do Rego e Agripino Ferreira de Barros (1912); Severino Valdevino (1913); João Correa da Silva e José de Souza Pinto (1914); Domicio de Oliveira, em 1916; Sebastião Tiago Correa de Araújo, Pedro Antonio Ferreira e Casemiro Baptista, eleitos em 1917 e consagrados em 19 de Junho de 1918; Luiz José da Silva (1923).

Pastorado de Tiago Araújo. O Pastor Tiago Araújo tinha uma atenção especial para
com os Diáconos da Igreja, tendo ele próprio exercido esse ministério em Rio Largo e no Cordeiro. A sua eleição para o Pastorado da IBCOR também foi conjunta com eleição de Diáconos. A eleição do Pastor Sebastião Tiago Correa de Araújo ocorreu no dia 22 de Junho de 1926201, ocasião em que a Igreja também elegeu três novos diáconos: Lou-renço Alves Barbosa, José Lourenço e Amaro Pereira, sendo designado 18 de Julho de 1926, data festiva, comemorativa do Aniversário da Sociedade de Senhoras. Cabe desta car que, como já vimos, o Pastor Tiago Araújo, antes da sua chamada para o Ministé rio da Palavra, fora consagrado e servira como Diácono na IBCOR (1918). Posterior mente, o Pastor Tiago Araújo dirigiu a IBCOR na escolha de novos diáconos: Manoel Ferreira da Silva, Manoel Correa da Silva, Vicente Barbosa de Lima e José Santiago.

Pastorado David Mein. Durante esse Pastorado, a IBCOR consagrou, para o Ministério Diaconal, o maior números destes servos de Deus para servir na Igreja. Nesse período, também recebeu de outras igrejas e incorporou a esse Ministério o maior número de Diáconos num único Pastorado: (1) 1956. A necessidade de mais pessoas no minis- tério diaconal levou a IBCOR, em 11 de março de 1956, integrar ao ministério diaco nal Francisco Alves de Souza, oriundo da IB da Torre e ainda elegesse diáconos Hen-rique Pereira do Aragão, João Marcolino de Souza, João Costa de Souza, José Ferreira da Silva (Zezinho) e Severino Candido da Costa, consagrados em Concílio dirigido pelo Pastor David Mein, secretariado pelo Pastor Manoel Almeida, integrado pelos pas-tores José Munguba Sobrinho, Antonio Lisboa Dorta, Graysson Tennyson, Joaquim Caval-canti, Ismael Ramalho, José Bezerra de Lima e José Rosendo e diáconos Francisco de Souza, Manoel Ferreira da Silva, Severino Ramos Cantalício de Oliveira, José Ferrei ra Pequeno e Manuel Bandeira; (2) 1959. A necessidade de recompor o Ministério Dia-conal para atender ao crescimento da IBCOR esta a elegeu, em 11 de março de 1959, e a consagrar, em 14 de junho de 1959, os irmãos Francisco Rodrigues da Silva e Manuel Alves Barbosa (esposo da Diaconisa Doralice Aragão Barbosa) para esse Ministério. O Concílio de consagração foi composto pelo Pastor David Mein (presidente), pelos Pas-tores Livio Cavalcanti Lindoso, Gideon Andrade e Joaquim Cavalcanti e pelos Diáconos Manoel Ferreira, Henrique Aragão, João Marcolino de Souza, Severino Candido da Cos ta, Francisco Alves de Souza, José Ferreira Irmão, John Trumblim Jr, João Costa de Souza, Inácio Jordão e João Leão Neto. Na ocasião a IBCOR recebeu, no ministério diaconal, John Trumblim Jr, João Costa de Souza, Inácio Jordão e João Leão Neto, vindos de outras Igrejas; (3) 1961. A IBCOR, em 22 de fevereiro de 1961, elegeu o terceiro grupo de Diáconos do Pastorado David Mein: Edgar Alves Aragão (esposa da diaconisa Dulce Marques do Aragão), Antonio Gomes Rangel, Inocêncio Rodrigues Mouzi-nho, Haroldo Francisco de Mendonça (esposo de Luiza Pereira de Mendonça) e Antonio Mariano de Barros (pai do irmão Joesil Barros), em 26 de março de 1961, consagrando-os em Concílio composto pelos Pastores David Mein (presidente), José Florêncio Rodri-gues (orador) e Livio Cavalcanti Lindoso e pelo Diácono Manuel Alves Barbosa; (4)1963 A IBCOR, em 15 de novembro de 1963, consagrou ao Ministério Diaconal Alipio Amorim, Jairo Barbosa Pessoa e Fausto Ferreira da Silva, em Concílio composto pelos Pasto res David Mein (presidente), Gamaliel Perucci, Luis Correia de Melo, José Almeida Guimarães, Joaquim Cavalcanti e João Virgilio Ramos André e diáconos Manuel Alves Barbosa, Edgar Alves Aragão, José Ferreira Irmão, Antonio Gomes Rangel, Antonio Mari ano de Barros, João Marcolino, José Ferreira e João Silvestre (IB Arraial); (5) 1971 A IBCOR elegeu, em abril de 1971, e consagrou ao Ministério Diaconal, em 18 de maio de 1971, Ademir Candido da Costa, Naum Santiago, Nelson Xavier de Brito, Plácido dos Santos e Josué Lira. Na ultima data, reconheceu a consagração e incorporou ao minis tério diaconal Emidio Cavalcanti, José de Almeida Pessoa e Luiz Estevam Vieira, ori un dos da IB Arcoverde, IB Camaragibe e IB Pina; (6) 1976, a consagração das primei ras diaconisas. O Ministério Diaconal da IBCOR, em 1976, teve o número aumentado para dezoito integrantes, ocasião em que foram eleitos Ramiro Pimentel, Lou Demie Mein (esposa de David Mein) e Dulce Aragão (esposa de Edgar Aragão), as primeiras mulheres consagradas para o Ministério Diaconal na IBCOR; (7) 1977. A IBCOR aumentou o número de Diáconos para vinte e um, consagrando, em 14 de abril de 1977, os diáco nos Afranio Valença, Doralice do Aragão Barbosa e Severino Eulino Ferreira; (8) 1981. A IBCOR, nesse ano, consagrou ao ministério diaconal Abzair Bernardes, Jennecy
Sales Cavalcanti, Paulo Salles Cavalcanti e Luiza Pereira de Mendonça.

Pastorado Roberto Menezes. Nesse Pastorado, a IBCOR consagrou para o Ministério
Diaconal: (1) 1988. Ana Felix da Hora, Cyneire Gomes Dantas, Davi Rodrigues, Edna Leão de Castro, Francisco Pereira da Silva, João Gentil Albuquerque, José Genes Sales
Cavalcanti, Josélice Cortizo e Reginaldo Freire Batista, eleitos em 21 de agosto de 1988 e consagrados em 17 de setembro de 1988; (2) 1996. Claudia Nogueira de Oliveira Menezes, Eliezer de Holanda Cavalcanti Filho, Fernando Flores de Barros Junior, José Carlos Rodrigues de Almeida e Severino Porfirio de Souza, consagrados em 31 de dezem bro de 1996.

A Associação dos Diáconos Batistas de Pernambuco. Os integrantes do Ministério Diaconal da IBCOR sempre participaram das atividades da denominação, a nível estadual
e nacional e, em 1973, da organização da Associação dos Diáconos Batistas de Pernam buco, com o Diácono Manoel Alves Barbosa (Isaque Aragão) eleito presidente. O minis tério diaconal na IBCOR. Hoje a IBCOR conta, em seu Ministério Diaconal, com os inte grantes: (1) Manoel Alves Barbosa (1959); (2) Antonio Gomes Rangel(1961); (3) Edgar Alves do Aragão (1961); (4) Plácido dos Santos (1969); (5) Nelson Xavier de Brito (1969); (6) Luiz Estevão Vieira (1973, oriundo da IB Pina); (7) Emidio Cavalcanti (1973, oriundo a IB Arcoverde); (8) Dulce Marques do Aragão (1978); (9) Doralice
do Aragão Barbosa (1977); (10) Cyneire Gomes Dantas (1988); (12) Edna Leão de Castro (1988); (13) Francisco Pereira da Silva (1988); (14) Elvira Lopes da Silva (1988);
(15) José Genes Sales Cavalcanti; (16)Marcos Antonio Alves Rangel (1988); (17) Regi-naldo Freire Batista (1988); (18) Isaac Pessoa de Freitas (oriundo da IB Imperial, 1988); (19) José Manuel de Barros (1988, oriundo da IB Alto José do Pinho); (20) Eliezer de Holanda Cavalcanti (1996); (21)Luiza Pereira de Mendonça (1996); (22) Severino Porfirio de Souza (1996); (23) Fernando Flores de Barros Junior (1996);
(24) Marluce Salvino Bezerra (1994, oriunda da IB de Torrões); (25) Ricardo Campos Tavares (IB Central da Iputinga); (26) Erasmo de Sá Novais (IB Central da Iputinga); (27) Maria José Sobreira da Silva (oriunda da IB Camaragibe); (28) Nelson da Silva Santana (2002, IB de Engenho do Meio), (29) Auzírio Rodrigues dos Santos (2002, ori-undo da IB da Torre); (30) Carlos Alberto de Souza (2005) oriundo da IB Torrões); (31) Maria das Graças Souza, oriunda da IB Torrões; (32) Alfredisia Xavier de Brito (2005), oriunda da IB Memorial do Cordeiro.

HISTORIA DA IBCOR: pastorado João Luis Manga


Capítulo XI O pastorado João Luis da Silva Manga

O pastor João Luis da Silva Manga foi empossado pastor titular da Igreja Batista do Cordeiro (IBCOR), em 2 de setembro de 2006, em Culto Solene a Deus com a presença dos membros da Igreja e dos pastores Ney Ladeia (CBPE, IB Capunga), Merval Rosa (STBNB), Tercio Ribeiro de Souza (PIB Maceio, AL), Alberto Cristiano de Freitas (IB Emanuel, Recife), Miqueas da Paz Barreto (IB Concordia), João Virgilio Ramos André e André Henrique Ferreira Santos (IB Orobó), Professora Iracy Leite (SEC), Ildibas Nascimento (CAB).

O pastor João Luis Manga vem se incluir na linhagem dos Servos de Deus que diri-giram esta Agência do Reino de Deus no bairro do Cordeiro, iniciada com o missio-nário Salomão Ginsburg, passando por Manoel Corinto Ferreira da Paz, Sebastião Tiago Correia de Araújo, David Mein, Amauri Munguba Cardoso, Roberto Menezes, Flavio Germano de Sena Teixeira e Miquéas da Paz Barreto, que a pastorearam ao longo do primeiro centenário, concluindo em 15 de novembro de 2005. O pastor João Luis Manga é o primeiro pastor da Igreja no novo século.

DADOS BIOGRAFICOS DO EMPOSSADO. O pastor João Luis da Silva Manga nasceu no Rio de Janeiro(RJ), em 8 de janeiro de 1960 e foi criado em Belo Horizonte (MG), onde residiu até os 21 anos de idade. Converteu-se ao Evangelho em 17 de abril de 1976, em Salvador (BA). Batizado pelo pastor Hélcio Lessa, na IB de Itacuruçá (Rio de Janeiro), em janeiro de 1977, retornou a Belo Horizonte, onde se tornou membro da PIB de Belo Horizonte. Cursando Medicina da UFMG, sentiu a chamada para o ministé-rio, deixou Belo Horizonte e veio estudar no Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil (STBNB), no Recife. No segundo ano do curso de Teologia integrou a primeira turma de missionários temporários na Bolívia, com o objetivo de confirmar a chamada para Missões. Retornou ao Recife, concluiu a graduação em Teologia, sendo consagrado ao ministério pastoral em 1986, para pastorear a IEB do Pina, por dois anos, quando permaneceu no STBNB, lecionando na área de Missões e Evangelismo. Casado com Célia de Miranda Borges, formada pelo IBER, recebeu o casal o presente de dois filhos Luis Felipe (1986) e Paulo Vitor (1988). O casal Manga seguiu (1990) para a Guiana, como missionários da Junta de Missões Mundiais. Na cidade de Linden serviram por oito anos, plantando e organizando a IB em Mackenzie. Em 1998 se mudaram para a Republica de El Salvador, na América Central, para estabelecer um seminário teológico e fortalecer o trabalho na região, onde ele pastoreou a IB em San Miguel, durante dois anos. A familia Manga retornou ao Brasil em 2002, tendo servidor como Assessor do Pastor Waldemir Tymchak, na administração da Junta de Missões Mundiais, e gerente de Missões, trabalhando na elaboração de projetos para os campos e no treinamento e capacitação de obreiros.
O pastor João Luis Manga (agosto de 2004), assumiu o pastorado da IB XV Novembro, em Guadalupe, no Rio de Janeiro (RJ), tendo Célia como ministro de Educação Reli-giosa. Naquela igreja dedicaram-se a trabalhar no amadurecimento e na santificação dos crentes. Em Agosto de 2006 concluíram o ministério naquela Igreja. A IBCOR rece-beu o pastor João Luis Manga, sua esposa Célia e seus filhos Paulo Vitor e Luis Felipe, de forma amorosa e efusiva, com os braços e corações abertos.

HISTÓRIA DA IBCOR: o pastorado Miqueas da Paz Barreto


Capitulo X
O Pastorado Miqueas da Paz Barreto

O Pastor Miquéias da Paz Barreto, pastor efetivo da IB da Concórdia (1980), assumiu interinamente, em 27 de junho de 2004, o pastorado da IBCOR para ajudá-la a caminhar até que o Senhor da Seara indicasse o seu novo obreiro.

O PROCESSO SUCESSORIO. A IBCOR, após a posse do Pr. Miqueas Barreto, elegeu uma Comissão para conduzir o Processo de Sucessão Pastoral e propor solução à Igreja. Houve a sugestão de nomes de pastores da denomi-nação e feita uma triagem das indicações, passando a Comissão a trabalhar, fixando o perfil do obreiro a ser convidado e examiminando cada indicação e fazendo os contatos.


COMEMORAÇAO DO CENTENÁRIO. A IBCOR, em 22 de maio de 2005, aprovou a programação
comemorativa do Centenário, incluindo a elaboração da logomarca do Centenário e da homepage da Igreja; a promoção do Encontro de Corais Masculinos; a restauração da Galeria dos Pastores da IBCOR, incluindo as fotografias que faltam (Antonio Marques, José Pedro, Robert Pettigrew, Flavio Germano e Miquéas Barreto); a realização de cultos de Vigília e de Cultos cantados; Edição de uma Bíblia Comemorativa do Cente-nário, personalizada com logotipo, fotografia e histórico da Igreja; a Edição de livro narrando Os 100 Anos da História da IBCOR, escrito por Francisco Pereira; a realização de conferências evangelísticas e doutrinárias, no período de 6 a 15 de novembro de 2005, com os Pastores Tércio Ribeiro de Souza (PIB Maceió); Sandrino Siqueira , Roberto Amorim de Menezes, Amauri Munguba Cardoso (ex-Pastor da Igreja), Flavio Germano de Sena Teixeira (ex-Pastor da Igreja), Salomão Bernardes, Miqueas
da Paz Barreto (Pastor titular interino); homenagens ao Pastor titular e aos ex-Pastores, titulares e interinos, ao ministro de Música e aos ex-ministros diretores) de música da Igreja, ao ministro de educação religiosa e aos ex-ministros de música da Igreja e, finalmente, ao ministro de evangelismo e ação social e ao ex-ministro da juventude da Igreja. Além destas atividades, foram lançados alvos desafiadores para os vários Ministérios da IBCOR. Realizada exposição de documentos e fotografias e simpósio na ocasião dos cultos comemorativos do Centenário.

O projeto de construção do Templo
do terceiro milênio.
Neste ano do Centenário, a IBCOR decidiu ampliar as
instalações físicas do Templo, aumentando sua capacidade.
Neste sentido, foi contratado o escritório de arquitetura de
Wamberto Gouveia para apresentar de projetos que atendam
suas necessidades, presentes e do futuro, estando as opções
sendo analisadas pela IBCOR para decisão em breve.
No momento em que escrevemos este texto, as opções apresentadas
pelo arquiteto estão sendo discutidas pela Igreja.

Dados biograficos. Miqueas da Paz Barreto.
Nasceu em Moreno (PE), filho de Maria da Paz e de
Genaro de França Barreto. Viúvo de Lúcia, com quem teve
dois filhos – Miqueas Filho e Lucio –, casou em segundas
núpcias com Dione Barreto, médica. O casal tem os filhos
Keren Hapuche, Melquisedec, Felipe e Graça, alguns já casados,
que já deixaram o ninho dos pais. Eles continuam arranjando
os filhos do coração, educando-os e encaminhando-
os na vida. Miquéias da Paz Barreto é sobrinho-neto do
Pastor Manuel Corinto Ferreira da Paz.
O Pastor Miquéias da Paz Barreto converteu-se na Primeira
Igreja Batista de Bento Ribeiro (RJ), pela instrumentalidade
do Pastor José Lins de Albuquerque. Atendendo
à chamada para o Ministério, ingressou no Seminário Teológico
Batista do Norte do Brasil, concluindo o curso em
1968. Exerceu o seu Ministério nas Igrejas Batistas de Palmeira
dos Índios (AL), de Cachoeiro do Itapemirim (ES),
Arapiraca (AL) e mais duas dezenas de Agências do Reino de
Deus, nos Estados de Pernambuco e de Alagoas e na África.
Obreiro dedicado ao Evangelismo e Missões, tem sido
orador habitual de conferências em igrejas nos vinte e sete
Estados da Federação. Serviu, durante alguns anos, como
missionário na África. É participante ativo da obra denominacional,
servindo em vários setores da Convenção Batista
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Brasileira (CBB) e na Convenção Batista de Pernambuco
(CBPE), nas quais ocupa, entre outras funções, uma Vice-
Presidência.
O Pastor Miquéias da Paz Barreto é um herói da fé. As
experiências e provações por que tem passado, inclusive na
sua vida física, quando uma moléstia grave o atinge no fígado.
Nessa ocasião, passou a depender exclusivamente da providência
divina e a Ela se entregou. Hoje, transplantado, renovado
na carne, continua trabalhando na Seara do Senhor, servindo
ao seu semelhante. Homem de grande visão e de maior
coração, criou os filhos que Deus lhe deu e adotou como filhos
os que a vida lhe trouxe. Ainda dirige a Cidade Evangélica
dos Órfãos, instituição de abrigo a menores, fundada
por seu pai e onde ele dá continuidade a essa tarefa, de forma
alegre e prazerosa. Participa, como conselheiro, de órgãos de
assistência a jovens e adolescentes do Governo do Estado, em
face da sua experiência e atividade nessa área. A comunidade
da Igreja Batista do Cordeiro é abençoada por tê-lo como
Pastor neste período de interinidade.
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HISTORIA DA IBCOR: o pastorado Flavio Germano Teixeira


Capitulo IX O Pastorado Flávio Germano de Sena Teixeira
O ministério do Pastor Flávio Germano na IBCOR teve início em 1996, quando passou a servidro como Pastor adjunto de Roberto Amorim de Menezes, empossado em 8 de março de 1996. Quando da exoneração do Pastor Roberto Menezes, que foi servir na Igreja Batista do Farol, Maceio (AL), assumiu, interinamente o pastorado da IBCOR. Eleito Pastor titular em votação unânime, Flávio Germano foi empossado em 30 de outubro de 1999, em solene culto ao Deus Criador e a seu filho Jesus Cristo, presentes o Reitor do STBNB Pr. Zaqueu Moreira de Oliveira, o Presidente da CBPE Dc Lincoln Pereira de Araújo; presidente da OPBPE Pr. Pedro Luiz Serafim, da Diretora SEC Profa. Iracy Araújo Leite; e da Missão Batista Norte do Brasil, missionário Jeff Deasy, sendo como pregador o Pr. Roberto Amorim de Menezes. O culto foi abrilhantado por músicas congregacionais: “Firme nas Promessas” (Coral e Orquestra IBCOR), “Canto da Colheita” (Coral e Congregação) e “Que a Luz de Cristo Brilhe” (Coral da IBCOR)
regidas por Francisco José Almeida Alves. Ao final, houve o ato formal de posse, dirigido pelo Vice-Presidente, Diácono Isaac Pessoa, quando lhe foi entregue uma placa pelo Diácono Francisco Pereira, registrando o evento. O Pr. Flávio Germano desenvolveu um eficiente trabalho ministerial na Igreja Batista do Cordeiro. Escolheu como seus ministros auxiliares os pastores Sandrino Siqueira (Juventude) e Salomão Bernardes (Evangelismo e Ação Social), Francisco José Alves de Almeida (Música) e Maria Augusta Torres (Educação Cristã). Em um segundo momento, com a saída de Francisco José, convidou a Professora Márcia Alves Rangel para servir como Ministra de Música interinamente. Ela serviu a Igreja por um ano, ocasião em que resgatou o canto congregacional e reorganizou os coros infantil, de adolescentes e de homens, de modo que, ao concluir a sua interinidade, em dezembro de 2003, a IBCOR ouviu as apresentações do Coro Infantil, regido por Priscila Oliveira, o Coro de Adolescentes e Jovens dirigido por Keila Guimarães, o Coro Masculino dirigido por Márcia Rangel, o Coro Florescer (feminino) dirigido por Márcia Rangel e o Coro IBCOR (coro principal) dirigido por Márcia Rangel, cada um deles apresentando uma peça especial alusiva ao período natalino. Escolhidos novos Ministros de Música da Igreja e de Educação Cristã, foram empossados no culto de Ano Novo, nos primeiros momentos do dia 1 de Janeiro de 2004: Alcingstone de Oliveira Cunha, Ministro de Música, Professor do Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil e diretor do Curso de Música do STBNB; e Maria Alves Rangel, Ministra de Música Adjunta, Professora da Universidade Federal de Pernambuco; e Maria Augusta Torres, Ministra de Educação
Cristã (esta servira em 2003 e pediu exoneração para cuidar da saúde de pessoa da família e, retornando ao Cordeiro, foi convidada e reassumiu o ministério da Igreja).
O Pastor Flávio Germano de Sena Teixeira, no último dia 11 de abril de 2004 surpre-endeu a todos, declarando que, após profunda reflexão, tomara a decisão de deixar o pastorado da IBCOR, encaminhando a Assembléia para a escolha de um pastor interino para cuidar da Igreja e auxiliar na escolha do obreiro definitivo. E, no dia 27 de Junho de 2004, exonerou-se do pastorado, no mesmo Culto e Assembléia em que foi empossado, interinamente, como novo Pastor da Igreja, Miquéias da Paz Barreto.

CONSAGRAÇÃO DE PASTORES. A IBCOR, durante o Pastorado Flavio Germano, consagrou
ao Ministério Pastoral os obreiros: (1) Sandrino de Siqueira Sales196 e (2) Salomão Bernardes da Silva, ambos em 2000, para servir à IBCOR nos ministérios da Juventude e de Evangelismo e Ação Social; (3) Paulo Santos Filho (2002), para servir na Congregação do Caiara; (4) Andre Henrique Ferreira Santos (2003), para servir na IEB da Várzea, dirigindo a Congregação Batista de Orobó (PE).

A INFRAESTRUTURA DO ACAMPAMENTO. O espaço adquirido para utilização como Centro de Lazer e Convivência da IBCOR no pastorado Roberto Menezes começou a ser apare- lhado, durante o Pastorado Flavio Germano para cumprir sua finalidade. Murado e cercado, recebeu as primeiras construções – o galpão, os banheiros e as piscinas. Está também recebendo outras benfeitorias que já permitem sua utilização em atividades de curta duração. Tem sido amplamente utilizado por grupos como
jovens e terceira idade.

DADOS BIOGRAFICOS. Flávio Germano de Sena Teixeira nasceu na cidade de Gravatá, em 19 de julho de 1965, filho de José Nicolau e Berenice Pereira de Sena. Convertido aos catorze anos, foi batizado em 13 de abril de 1980 e, em 30 de maio desse mesmo
ano, sentiu a chamada para o Ministério da Palavra, ingressando no STBNB em 1983 e concluindo o Bacharelado em Teologia, com distinção (suma cum laude). Consagrado
ao Ministério em 27 de outubro de 1984, com 19 anos, para servir à sua Igreja-mãe (Igreja Batista Betania, em Gravatá), transferiu-se depois à PIB Vitória de Santo Antão, como auxiliar do Pastor Livingstone de Oliveira Cunha. Serviu no pastorado das igrejas batistas em Palmeira dos Índios (AL) e Segunda de Areias (Recife), Vitória, antes de servir nesta comunidade. O Pr. Flavio Germano serviu no Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil, de 1987 a 2001, como professor de disciplinas da área bíblica e eclesiológica. Também serviu como professor do Seminário de Educação Cristã (SEC). Casado com a pedagoga Edla de Sena Teixeira, tem dois filhos Juliana e Flávio Junior, Bacharel e Mestre em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco e Procurador do Estado de Pernambuco, tendo sido Auditor do Tribunal de Contas do Estado. É Professor Universitário.

HISTORIA DA IBCOR: o pastorado Roberto Menezes


Capitulo VIII - O pastorado ROBERTO AMORIM DE MENEZES.

O ministerio pastoral de Roberto Amorim de Menezes na IBCOR se estendeu, em caráter interino, de 1º de fevereiro de 1987 a 6 de março de 1988187, quando eleito, foi empossado como pastor efetivo e, desta data até 23 de maio de 1999, nele permane-cendo quando pediu exoneração do Pastorado para servir, com a esposa, na IB Farol, em Maceió (AL). O ministério de Roberto Amorim de Menezes na IBCOR foi marcado pela
ênfase na pregação do Evangelho na sede e nas congregações da IBCOR no bairro do Timbi, em Camaragibe (PE) e no Caiara, no bairro da Iputinga, no Recife (PE). O Pr. Roberto Amorim de Menezes deu ênfase à formação doutrinaria da igreja, com retorno desta à participação nas atividades de denominação, a nível nacional e estadual. O seu Pastorado também foi caracterizado pela visão para o trabalho no âmbito das famílias da igrejas, em continuidade do trabalho iniciado por seu antecessor. A igreja retornou às atividades e ao trabalho social inclusive visando à comunidade situada na sua vizinhança e no Caiara, onde foi instalado um projeto de ação social. Algumas atividades realizadas pela IBCOR durante o seu Ministério merecem destaque.

ORGANIZAÇÃO DA IGREJA EVANGELICA BATISTA DO TIMBI (CAMARAGIBE). A Congregação da IBCOR no Timbi foi iniciada no pastorado de Amauri Munguba Cardoso, em 1986, por iniciativa de membros da IBCOR, liderados pelo diácono Abzair Bernardes da Silva e seus familiares. Eles tomaram para si a responsabilidade da maior parte do trabalho e, mais tarde, passaram a sustentá-lo, como também a irmã Rosa Mendes Primo e fami-liares, que cederam um imóvel, onde a Congregação funcionou durante muitos anos, e contribuíram financeiramente. A congregação se desenvolveu e, em de março de 1993, a IBCOR autorizou a aquisição de imóvel para sua sede188. Adquirido um lote de terreno pela Igreja e um segundo pela Congregação, com o apoio financeiro e técnico da Igreja, foi construído o Templo, ocasião em que a IBCOR examinou a viabilidade da congregação se tornar Igreja. A organização, com o nome de Igreja Evangélica
Batista do Timbi, ocorreu às 20:00 horas de 7 de março de 1998, ocasião em que o Pastor José Deusarte de Souza foi eleito para dirigi-la.

A CONGREGAÇÃO NO CAIARA. A primeira visão da IBCOR, com relação ao Caiara, foi
ali estabelecer um projeto de assistência social para aténder à comunidade carente local. Essa visão existia desde o pastorado David Mein, quando se adquiriu um terreno com essa finalidade, mas se verificou não aténdia às necessidades. No pasto-rado Amauri Munguba Cardoso, sob a direção do então Ministro de Evangelização e Ação Social, Roberto Amorim de Menezes, a IBCOR planejou instalar ali uma unidade de pres-tação de serviços médicos, odontológicos e de cursos profissionalizantes, como corte & costura e marcenaria, em convênio com a Visão Mundial. A IBCOR decidiu, em 1987, adquirir o imóvel 428 da Rua Santa Lúcia, para servir como sede do Projeto Social. As máquinas de costura foram adquiridas, os primeiros cursos ministrados e insta-lados os ambulatórios médico e odontológico, tendo este último funcionado durante dez anos. A chegada do Pastor Salomão Bernardes, para trabalhar na área Evange-lização e Ação Social, levou a IBCOR ter uma outra visão do trabalho no local, não mais apenas de ação social, mas da implantação de uma congregação para pregar o Evangelho e atender aos moradores da localidade. Paulatinamente, o trabalho de evan-gelismo se sobrepôs ao social, tendo a Congregação crescido, de modo a que seus
integrantes pensaram em se tornar Igreja. Hoje, o número de membros da Igreja que se congrega no local se aproxima de uma centena. Eles já manifestaram o desejo de, em breve, se organizar em Igreja.

O imóvel para acampamento. A IBCOR sempre esteve envolvida, de forma coletiva,
em atividades de recreação e de confratérnização. O sonho de um acampamento em praia evoluiu para o projeto de um acampamento em zona rural. No Pastorado David Mein, a
IBCOR adquiriu o Sítio em São Lourenço da Mata, onde edificou o seu acampamento. Depois de alguns anos, revelou-se ele inadequado, em função do acesso ter-se tornado
difícil, especialmente nos meses de chuva. Em 1995, a IBCOR foi despertada para a necessidade de outro espaço para lazer e confraternização dos seus membros. Com essa finalidade, adquiriu uma propriedade rural no Sítio Mumbecas, próximo do Sítio do Pica-pau Amarelo, onde estão sendo concluídas as instalações e que já serviu para momentos de lazer e de treinamento da IBCOR192.

CONSAGRAÇÃO DE DIACONOS. A IBCOR, durante o pastorado Roberto Menezes promoveu
a consagração de integrantes do Ministério Diaconal: (1) em 21 de agosto elegeu e em 17 de setembro de 1988 consagrou a este Ministério Ana Felix da Hora, Cyneire Gomes Dantas, Davi Rodrigues, Edna Leão de Castro, Francisco Pereira da Silva, João Gentil Albuquerque, José Genes Sales Cavalcanti, Josélice Cortizo e Reginaldo Freire Batis- ta; (2) em 31 de dezembro de 1996, consagrou, para o mesmo serviço, Claudia Nogueira
de Oliveira Menezes, Eliezer de Holanda Cavalcanti, Fernando Flores de Barros Jr, José Carlos Rodrigues de Almeida e Severino Porfírio de Souza. O Pastor Roberto Amorim de Menezes, durante o seu Pastorado, contou com bons auxiliares no seu Ministério.

Na área de Música, de início, teve como Ministro Nilson Galvão Santos, que já servia nessa área do Ministério e permaneceu até dezembro de 1985; Carlos Elmir Rocha Cavalcanti (março de 1986 a dezembro de 1998); e Francisco José Almeida Alves Filho (de abril de 1999 até sua despedida). Na área de Educação Religiosa, o Pastor Roberto Menezes contou com o concurso de Enivalda Vieira Santos Rezende, que servia desde o Pastorado anterior; Maria Bernadete da Silva, que teve uma fugaz passagem pela Igreja e Cláudia Nogueira de Oliveira Menezes. O Ministério do Pastor Roberto Menezes ainda teve a colaboração de dois alunos do STBNB, que mais tarde foram con sagrados ao Ministério da Palavra e se tornaram Ministros da Igreja: Salomão Bernar des (Evangelismo e Ação Social) e Sandrino de Siqueira Sales (Juventude e Adolescência).

O COLEGIO E O SEMINARIO BATISTA. O Pastor Roberto Menezes, no início do seu minis tério na IBCOR, exercia a Capelania do Colégio Americano Batista, que exerceu até o início de 1988, quando se disvinculou dessa atividade. Dedicou-se ao ensino minis-terial, servindo no Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil, que fez desde o final do seu curso, destacando os dois períodos de maior atividade naquela instituição (1985 a 1992 e 1995 de 1999).

DADOS BIOGRAFICOS DE ROBERTO AMORIM DE MENEZES. Roberto Amorim de Menezes nasceu na maternidade do Hospital São João da Escócia (da Grande Loja Maçônica de Pernambu- co), no Barro, Recife, em 13 de julho de 1962, filho de Alfredo Ferreira de Menezes e Ezinete Amorim de Menezes. Enviado ao Seminario Batista (STBNB)foi aluno laureado, exercendo o magistério naquela Casa de Profetas. Casado em 1986 com Claudia Nogueira
de Oliveira Menezes, o casal tem três filhos: Laila, Íris e Caio. Em março de 1986, foi consagrado ao Ministério da Palavra para servir, na Igreja Batista do Cordeiro, na área de Evangelismo e Assistência Social. Em 1990, assumiu o pastorado efetivo da Igreja Batista do Cordeiro. O Pr. Roberto Menezes e sua esposa serviram a Igreja do Cordeiro até 1999, quando atenderam ao chamado para servir na Igreja Batista do Farol, em Maceió (AL), onde ainda servem ao Senhor.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

HISTORIA DA IBCOR: pastorado Amauri Munguba Cardoso


Capitulo VII - O Pastorado AMAURI MUNGUBA CARDOSO (1981-1987)

O Pastor Amauri Munguba Cardoso serviu no pastorado da IBCOR entre 15 de novembro de 1981 e 1º de fevereiro de 1987. Na IBCOR, direcionou o seu Ministério para as áreas de aconselhamento familiar, particularmente para a for-mação de grupos de casais. Ele estimulou a melhoria do relacionamento entre as famílias e entre os membros da IBCOR, com promoção de atividades recreativas no Acam-pamento da Igreja, situado em São Lourenço da Mata. Amauri Cardoso enfa-tizou a missão da Igreja, como proclamadora da mensagem do Evangelho de Cristo, promovendo cultos evangelísticos e cuidando das congregações da Igreja e levando-a a organizar outras. Convidou Roberto Amorim de Menezes para trabalhar como ministro de Evan-gelismo e Ação Social. No seu ministério (1982), a Congregação em São Bento do Una foi organizada em Igreja.

Amauri Cardoso assumiu o pastorado, tendo como auxiliares a Professora Maria Betânia Araújo, na área de Educação Religiosa, e Nilson Galvão, na área de Música. Deixando Maria Betania o ministério, o Pastor Amauri Cardoso convidou, para substi- tuí-la, a professora Evanivalda Vieira dos Santos, que fez excelente trabalho no Ministério de Educação Religiosa da IBCOR durante o seu pastorado.

No Ministério de Música, o Pastor Amauri Cardoso teve a colaboração de Nilson Galvão Santos. Saindo este para a IB Farol, Maceió (AL), convidou a Carlos Elmir Rocha Cavalcanti para Ministro de Música da IBCOR, que desenvolveu um bom tra-balho, merecendo destaque as atividades com jovens e adolescentes, sem descurar do Coro da Igreja, composto na sua maioria por adultos.

A Igreja Batista em São Bento do Una.A Congregação em São Bento do Una foi iniciada no pastorado David Mein, apoiada pela família Afrânio Valença sob responsabilidade dos Seminaristas Flavio Marconi, Francisco Pereira e Jose Bonfim Filho. Mais tarde (1976) outros Seminaristas como Natan Almeida e Maria Idalina Calado e e alguns diáconos assumiram a responsabilidade da missão sendo orga nizada como Igreja em 17 de abril de 1982, com o nome de Igreja Batista do Cente-nário em São Bento do Una, por ter sido organizada no Centenário do Trabalho Batista em Salvador.

A consagração de Pastores. A IBCOR, durante o Pastorado de Amauri Cardoso, consa-grou ao Ministério Pastoral os obreiros: (1) Valdir Soares da Silva (1982), para ser-vir à IB de Boa Vista, Roraima; (2) Roberto Amorim de Menezes (1983), para servir como Ministro de Evangelismo; (3) Paulo Donizeti Siepierski, consagrado em 1 de dezembro de 1986, para servir na IBCOR, na área de Aconselhamento.


CULTO MEMORIAL PELA VIDA DE MANOEL OLIMPIO CAVALCANTI. A IBCOR celebrou, em 17 de dezembro de 1981, o culto memorial pela vida do veterano obreiro Pr. Manoel Olimpio de Holanda Cavalcanti, na ocasião do seu sepultamento, culto dirigido pelos Pastores David Mein e Amauri Munguba Cardoso. O Pastor Nino era, nessa época, membro da nossa Igreja, tendo falecido em 16 de dezembro de 1981, aos 104 anos de idade, em pleno gozo de suas faculdades, depois de setenta e cinco (75) anos de Ministério. O Pastor Nino, como era conhecido, foi consagrado em 20 de dezembro de 1905, em Concílio realizado na PIB do Recife, em 20 de dezembro de 1905, junto com Eloy Correia de Oliveira e Manoel Corinto Ferreira da Paz. O Pastor Nino, duran-te o seu ministerio, pastoreou as igrejas batistas de Ilheitas, Cachoeira e Vermelho (hoje IB Ladeira Grande), Nazare da Mata, de Limoeiro, entre outras. Consagrado ao Ministério em 1905, retornou ao Seminário para completar sua educação teológica. Pastoreou a Igreja de Ilheitas até sua extinção, em 1976, quando o terreno foi desa-propriado para cons-trução da Barragem do Rio Tapacurá. Sua fé foi provada nas perseguições sofridas em Cachoeira e Ilheitas, em Limoeiro, no início do Século XX, quando foi ferido. O Pastor Nino faleceu em 1981, com cento e quatro anos de idade e, por muitos anos, fora o Pastor Batista mais idoso em atividade.

CULTM MEMORIAL DO CENTENARIO BATISTA. A IBCOR, em 3 de outubro de 1982, realizou o Culto Comemorativo do Centenário do Trabalho Batista no Brasil (visão a partir da fundação da PIB Bahia). Na oportunidade, a IBCOR teve como pregador o Pastor Dr. David Mein, missionário e filho de missionários. No Culto, houve a apresentação de fatos relacionados com a memória do Centenário da História dos Batistas no Brasil, elaborada pelo Diácono Isaque Aragão, Professor do STBNB.

O CENTENARIO DA MISSÃO BATISTA NO BRASIL. A Assembléia da Convenção Batista Brasileira, comemorativa do Centenário do trabalho Batista no Brasil, foi realizada em Salvador (BA), no período de 11 a 16 de outubro de 1982184, local de organização da PIB da Bahia, em 1882. A IBCOR esteve representada nessa assembléia por quinze mensageiros185. O convite ao Pastor David Mein para ser o orador dessa Assembléia do Centenário da Convenção Batista Brasileira (CBB) como homenagem à Junta de Richmond e aos seus missionários, na pessoa daquele ilustre filho de missionários e ele próprio missionário por mais de trinta e cinco anos no Brasil.

VIAGENS EVANGELISTICAS DOS CORAIS DA IGREJA. Carlos Elmir Cavalcanti, Ministro de Música da IBCOR, idealizou uma nova forma de evangelizar, através de concertos e apresentação de músicas coral. Com essa finalidade, planejou e a Igreja autorizou a realização de duas excursões evangelisticas corais da IBCOR, cantando em igrejas e procurando divulgar a mensagem do Evangelho de Cristo. A primeira viagem ocorreu no período de 10 a 31 de Janeiro de 1986186, quando o Coral Jovem da IBCOR cantou em igrejas de várias cidaades: Maceió, no Colégio Batista e IB Farol (AL); na PIB Araca ju (SE); em Vitória do Espírito Santo (ES); no Rio de Janeiro (RJ); em Belo Hori-zonte (MG) e em Salvador (BA). A segunda ocorreu no ano de 1987, quando componentes dos Coros Jovem e de Adultos fez uma viagem de evangelização e despertamento espi-ritual, cantando nas igrejas Batistas de Maceió (AL), Aracaju (SE), Vitória da Con-quista (BA), Juiz de Fora (MG), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Paranaguá (PR), Foz do Iguaçu (PR), Vitória (ES) e Ilhéus (BA).

DADOS BIOGRAFICOS DE AMAURI MUNGUBA CARDOSO. Amauri Munguba Cardoso nasceu em Campos Belos(GO),em 10 de dezembro de 1954, filho de Amazonilze Munguba e Francisco Antonio Cardoso, o quarto filho do casal e neto materno de Amazonila e José Munguba Sobrinho. Amauri seguiu os passos do avô materno, ingressando no STBNB em 1975, onde recebeu o grau de Bacharel em Teologia (1978). Consagrado ao Ministério para servir
na Igreja Batista do Engenho do Meio, servindo depois na Igreja da Capunga como auxiliar do Pastor Manfred Grellert. Convidado para a IB Cordeiro como auxiliar do Pastor David Mein, aqui o sucedeu, interinamente e depois em caráter efetivo. Casado com Layla Soares Cardoso, o casal tem duas filhas Thais e Alice. O Pastor Amauri Cardoso pastoreou a IBCOR até 1987, quando atendeu ao chamado de Deus para servir na
Igreja Batista de Santo Amaro (SP). Posteriormente, passou a servir no Ministério da IB da Graça, Salvador (BA), dirigida pelo Pastor Tarsis Lemos, como Pastor Adjunto, com ênfase na área de aconselhamento familiar. O Pastor Amauri Cardoso é também psicólogo clinico e tem trabalhado na área de aconselhamento familiar.

HISTORIA DA IBCOR: Pastorado David Mein (1951-1981)


Capítulo VI O PASTORADO DAVID MEIN

O Pastorado David Mein foi o mais longo e proveitoso na vida da Igreja Batista do Cordeiro (IBCOR). Convidado para o pastorado da Igreja, aceitou-o em caráter interino em 3 de junho de 1951. Tornou-se Pastor efetivo em fevereiro de 1953, quando contava a Igreja com duzentos e cinqüenta membros. Ao deixá-lo, em 15 de novembro de 1981, eramos novecentos e sessenta membros. Preocupado com a necessidade da Igreja ter pastor em tempo integral, David Mein assumiu em caráter interino. Pelo menos em duas ocasiões propôs deixar o pastorado, para que a Igreja convidasse um obreiro para dar tempo integral ao Ministério. A primeira, quando sugeriu a IBCOR convidar Jesimiel Norberto, em 1952, e este declinou86; e a segunda, em 1954, às vésperas de viagem de férias aos Estados Unidos (por um ano). Nessa ocasião renunciou ao Pastorado e pediu à Igreja que escolhesse um obreiro que dedicasse mais tempo. A IBCOR, como registrou o secretário Edgar Aragão, “não foi na onda do Dr. David Mein” e rejeitou a proposta. Davi Mein tinha visão do trabalho na Igreja, mas esta tinha uma visão que o Senhor lhe mostrava.

Eleito Pastor efetivo em fevereiro de 1953, teve seu ministério marcado pelo crescimento da IBCOR no aspecto numérico, sócio-econômico, intelectual e espiritual. A igreja era um corpo fiel às doutrinas cristãs, coesa na participação dos cultos e em atividades de mordomia cristã. Cuidava da comunidade, com os membros envolvidos em atividades voluntárias, com profis- sionais engajados em assistência médica e odontológica, e no fornecimento de alimentos e remédios para a parcela carente. O Instituto Batista do Cordeiro, no Jubileu de Diamante (1980), chegou a ter 440 alunos.

A consciência missionária do plantador igrejas. O Pastor David Mein, desde a infância, tinha consciência da missão de pregar a Mensagem do Evangelho de Cristo. Sua vocação fora despertada na tenra idade, aprendendo tocar órgão e piano aos onze anos. Começou a ajudar o pai, o missionário John Mein, nas viagens evangelísticas no interior de Alagoas, tocando hinos em um órgão portátil. A sua figura juvenil chamava a atenção, tocando música melodiosa e mesmo pregando, desde os oito anos. A chamada para missões foi confirmada em culto cele-brado na Assembléia Batista do Norte (1931), no Recife, quando pregava o Pr. Ricardo Inke. Concluída a formação humanística, antes de iniciar o curso teológico, David Mein passou um ano no Brasil decidindo seu futuro. Aceitou o desafio do Pr. Albérico de Souza, que trabalhava em Sergipe, pastoreando sozinho, a nove igrejas, e foi ajudá-lo, periodo em que colaborou com a União de Estudantes Batistas (Recife). A experiência foi decisiva na decisão de dedicar-se à obra missionário no Brasil. Regressou aos Estados Unidos em julho de 1940 e ingressou no Southern Theological Baptista Seminary, em Louisville, onde concluiu, em maio de 1943, o Mestrado em Teologia. Desejando se aperfeiçoar, ingressou no Doutorado em Teologia (Th. D.). Com a tese 'As contribuições dos Batistas para a Vida do Brasil" (03.05.1945), recebeu o grau de Doutor em Teologia. Nomeado em outubro de 1944, pela Junta de Richmond, missionário para o Brasil, casou com Lou Demie Segers (24.04.1945). Desejou ensinar no STBNB, onde o seu pai era diretor mas aceitou o costume de que todo missionário, antes de ensinar, necessitava de experiência de evangelização no campo. Nem ao filho do diretor foi aberta exceção. David Mein foi trabalhar no campo sergipano, onde servira voluntariamente alguns anos antes.

Serviu no campo sergipano de 1945 a 1948, residindo em Aracaju, onde pastoreava a PIB de Aracaju e assistia às Igrejas de Própria e Maruim, no interior do Estado. Na época contribuiu para a organização da Convenção Batista Sergipana, sendo nomedo Secretário Executivo. Sua consciência da necessidade do preparo intelectual e teológico incentivou vários obreiros a estu dar no Seminário Batista (Recife), como o evangelista João Camilo dos Santos, que depois se foi consagrado ao ministério pastoral e se dedicou ao trabalho no Sertão de Pernambuco. O Pr. João Camilo dos Santos, originário de Piaçabuçu (AL), trabalhou como evangelista em Penedo (AL) e Neopolis (SE), na margens alagoana e sergipana do Rio São Francisco, na década de quarenta. Estimulado por David Mein veio estudar no STBNB e trabalhar na congregação da IB da Torre, em São Lourenço da Mata e, apos concluir o curso, no Agreste e Sertão do Estado, em Arcoverde, Belo Jardim, São Caetano, São Bento do Una, Pesqueira, no Agreste e em Cabrobó, Carreiro de Pedra, Bananeiras, Salgueiro.

NOVAS IGREJAS. As novas A consciência de David Mein, qanto à urgência da pregação da Mensagem do Evangelho e da necessidade do preparo dos obreiros dividiu-o em dois: o desejo de ensinar e colaborar no preparo de obreiros, no STBNB e, ao mesmo tempo, pregar a Palavra Sagrada e pastorear igrejas. Desincumbiu-se de ambos os ministérios e encontrou tempo para servir a Deus e a Denominação. A primeira missão levou-o a pastorear a IBCOR, estimu-lando-a a ser uma Igreja missionária, para levar o Evangelho onde não havia e, sempre que possível, organizando uma nova Agencia do Reino de Deus no local. Durante seu pastorado a IBCOR organizou as seguintes igrejas: (1) IB Betânia, em Gravatá (PE) (26.09.1956); (2) PIB Camara- gibe (PE), (23.12.1959); (3) IEB em Casa Amarela, no Recife (PE), (16.06.1964; (4) PIB na Vila Cohab Rio Doce, em Olinda (PE) (23.09.1969); e (5) IB São Bento do Una (15.04.1982); (6) IB do Forte, no Janga, Paulista (PE), (15.11.1982).


A FORMAÇÃO DE OBREIROS. O pastor David Mein tinha particular preocupação com a formação de obreiros para o ministério pastoral. Incentivou muitos a assumirem suas vocações
e deu treinamento prático a muitos alunos do STBNB no ministério pastoral da IBCOR. Orien- tou a IBCOR a promover a consagração dos seus seminaristas e a consagrar obreiros para Igrejas em locais onde era difícil a formação concílios. Durante seu pastorado, foram consa-grados ao ministério da palavra, entre outros, os alunos do STBNB: (1) Jezimiel Norberto (1952), pastor auxiliar IBCOR; (2) Erivan Alves de Araújo (1961), pastor Auxiliar IBCOR; (3) Benedito José da Silva (1961), para IB Bereana, S. Luiz (MA); (4) Natanael Quadros Barreto (1961), para PIB Manaus (AM); (5) João Virgilio Ramos André (1962), PIB Palmares (PE); (6) Oseas Barbosa Lima (1964), para PIB Natal (RN); (7) Hermenegildo Nunes (1964), para Pastor Auxiliar da IBCOR; (8) João Norberto Filho (1967) para IB Bela Vista, Conquista (BA); (9) Nabor Nunes Filho (1969), para IB Corrente (PI); (10) Miguel Madeira e Silva (1969), para IB Monte Castelo, Fortaleza (CE)101; (11) Jilton Moraes de Castro (1971), para IB Henrique Jorge, Fortaleza (CE); (12) Gerson Alves Amorim (1973), para servir PIB Palmares (PE); (13) Eliezer Rodrigues de Oliveira (1973) para servir à IB Itamaraju (BA); (14) Heraldo Santos Pereira (1979), para auxiliar da IBCOR; (15) Flavio Marconi Lemos Monteiro (1980), para IB Corrente (PI); (16) Marcos Estelin Alves Pedrosa (1980) para IB Bezerros (PE); (17) Neilson Xavier de Brito (1981), para a SIB São Lourenço da Mata (PE); (18) Adalberto Candido da Costa, (1981), para a SIB Bezerros (PE).

PASTORES INTERINOS E AUXILIARES. A sua preocupação com o Pastorado da IBCOR era grande e cada vez que viajava aos Estados Unidos, de férias a cada três anos, durante seis meses ou um ano, levava a Igreja a escolher um obreiro para assisti-la interinamente. Em algumas oportunidades foram escolhidos mais de um obreiro com essa finalidade. Além dos Pastores
interinos, David Mein teve muitos auxiliares, entre seminaristas e pastores, entre os quais citamos: (1) Pr. Jezimiel Norberto da Silva (1951); Pr. Francisco de Assis Chaves de Carvalho (1954- 1956); (3) Pr. Livio Cavalcanti Lindoso (1960); (4) Pr. João Virgilio Ramos Andre (1964-1965); (5) Pr. Hermenegildo Nunes e Silva (1964-1965); (6) Pr. Nabor Nunes Filho (1970); (7) Pr, Norton Riker Lages (1974); (8) Pr. David Miller (1977); (9) Pr. James Frederick Spann (1980).

O MINISTERIO DIACONAL. O Pr. David Mein valorizou o ministério diaconal na IBCOR e, durante o seu pastorado, a IBCOR consagrou o maior números de Servos do Senhor para esse ministério. David Mein tinha particular preocupação com a preparação dos diáconos que o auxi liavam no ministério. A necessidade de obreiros para esse Ministério o levou a recomendar a IBCOR (1956), a inclusão no Corpo Diaconal, de Francisco Alves de Souza, diácono oriundo da PIEB da Torre e a eleger os irmãos Henrique Pereira do Aragão, João Marcolino de Souza, João Costa, José Ferreira da Silva e Severino Candido da Costa. A necessidade de recompor o minis-tério diaconal para atender o crescimento da IBCOR levou esta a eleger (1959): Francisco Rodrigues da Silva e Manuel Alves Barbosa, o qual, por muitotempo foi o decano dos Diáconos e dos membros da IBCOR. A IBCOR recebeu, no mesmo período, oriundos de outras igrejas, os Diáconos John Trumblim Júnior, João Costa de Souza, Inácio Jordão e João Leão Neto (1956). A IBCOR consagrou (1961) o terceiro grupo de diáconos no pastorado David Mein e os consagrou: Edgar Alves Aragão, Antonio Gomes Rangel, Inocêncio Rodrigues Mouzinho (hoje na IB Iputinga), Haroldo Francisco de Mendonça e Antonio Mariano de Barros. Consagrou
ao ministério diaconal )19630, Alipio Amorim, Jairo Barbosa Pessoa e Fausto Ferreira da Silva.
Em 15 de abril de 1971: Ademir Candido da Costa, Naum Santiago, Nelson Xavier de Brito e Plácido dos Santos. Finalmente, em 18 de maio de 1972, consagrou Josué Lira. O reconheci-mento de diaconos (1972). A IBCOR (18.05.1972) incorporou ao ministério diaconal Emidio Cavalcanti, oriundo da IB Arcoverde e José de Almeida Pessoa, oriundo da PIB Camaragibe e Luiz Estevam Vieira, oriundo da IB Pina. As primeiras diaconisas: aumentado para dezoito o número de diáconos (1973), foram eleitos Ramiro Pimentel, Lou Demie Mein1 e Dulce
Marques do Aragão, estas duas as primeiras mulheres consagradas para esse Ministério na IBCOR. Aumentado para vinte e um (14.04.1977), foram consagrados Afranio Valença, Doralice do Aragão Barbosa e Severino Eulino Ferreira. Na ultima consagração no pastorado David
Mein (15.04.1981): Abzair Bernardes da Silva, Geraldo Marques da Silva, Jennecy Sales Caval-canti, Luiza Pereira de Mendonça, Marcos Antonio Alves Rangel e Paulo Salles Cavalcanti.
A EDUCAÇÃO RELIGIOSA. David Mein se preocupava com o ministério pastoral em seus vários aspectos. Ao assumir o Pastorado, encontrou, como Diretor de Música, o maestro Isaque Aragão. Entretanto, a área de Educação Religiosa carecia de pessoa com formação adequada. No final de 1953, convidou o professor Joel de Brito Barros, aluno do STBNB, para trabalhar na área (1955) recomendou a IBCOR a elegê-lo Diretor de Educação Religiosa, cargo que exerceu com dedicação até dezembro de 1960, quando se exonerou do cargo para servir no Estado do Ceará. No pastorado David Mein a IBCOR a construiu o Edifício de Educação Reli-giosa, usando, de início, os recursos disponíveis na Igreja e apelando à liberalidade dos seus membros e fazendo empréstimo bancário para concluir a obra, que foi denominado "Edificio David Mein", como homenagem a esse obreiro que exerceu o Pastorado com extrema dedica ção. Essa mesma visão levou o Pr. David Mein a recomendar à IBCOR (1962) comprar a casa 97, vizinha do templo, para ampliar o espaço das instalações,adquirida pela importância de um milhão e quinhentos mil cruzeiros, onde foi edificado o Edifício Manuel da Paz, que serve à Adminis tração e ao Ministério de Educação Religiosa. Exerceram o cargo de Educadora Religiosa, além de Joel Brito Barros, Risoleta Alves ((1961-1965), Margaria Arlete Sales (1966), Ester Aragão Araujo (1967-1970), Miriam Sales Rocha (1970-1972), Ester Araujo de Oliveira (1972-1974; Maria Betania Araujo (1974-1981) e Aurissina Costa (julho a dezembro de 1981), graduados pelo STBNB, o primeiro e a penúltima, em Teologia e os demais, em Educação Religiosa.

A MÚSICA. A música na IBCOR sempre foi tratada com atenção e carinho mas, durante o pastorado David Mein, adquiriu um realce extraordinário, servindo como elemento aglutinador da comunidade e como forma de evangelização. O próprio David Mein, enquanto cursava o Bacharelado em Artes, cursou todas as disciplinas de Música, recebendo também, ao final, o titulo de Bacharel em Música. Assumindo o Pastorado, encon-trou o maestro Manoel Alves Barbosa, conhecido como Isaque Aragão, ocupando o cargo de Diretor de Música da Igreja, que serviria a IBCOR durante muitos anos, salvo nas ausências decorentes da atividade profissional (oficial do Exercito Brasileiro). A professora Bennie Mae Oliver, missionária de Richmond, sucedeu a Isaque Aragão como Diretora de Música da IBCOR (1959-1962), tendo como assistente Jussy Pessoa. No período serviu no magistério do STBNB, sendo a fundadora do Curso de Música Sacra da Instituição. Convidado, o Pr. Fred Spann assu miu a Diretoria de Música da IBCOR (1967) servindo neste Ministério até 15 de novembro de 1982, dirigindo a música congregacional, os coros graduados e apresentando dezenas de peças Musicais para enlevo desta Igreja e para louvor do Senhor Deus Criador e de Jesus Cristo nosso Salvador. A partir da sua chegada e da reorganização do Ministério de Música, destacaram-se na IBCOR os coros graduados, a apresentação de peças musicais clássicas e o canto congregacio-onal da IBCOR, que passou a ser considerado o de melhor harmonia entre igrejas conhecidas, a partir da gravação dos cultos, divulgados no programa “Uma Prece uma Esperança” na Rádios Clube e Jornal do Comercio. Fred Span teve como auxiliares na IBCOR, entre outros, Dorothy Hichey (pianista), Osiris Macedo (organista). Fred Spann foi professor do STBNB, diretor do Curso de Música da instituição e contribuiu de forma ativa no trabalho denominacional. Sua esposa professora Betty Spann e os filhos James, Grady, Edward e Suzane estiveram integrados na IBCOR. A Sala Fred Spann, do Departamento de Música, homenageia sua pessoa.

OS DESCENDENTES DOS PIONEIROS NA IBCOR. Os pioneiros do trabalho batista no Estado, em Ilheitas e Cachoeira (Glória do Goitá e Limoeiro) - Manuel Olimpio de Holanda Cavalcanti e Hermenegildo César de Brito - deixaram muitos descentes, a maioria integrados nas igrejas Batistas do Estado de Pernambuco. Os irmãos Benjamin Olimpio de Holanda Cavalcanti, Helena Xavier de Brito Cavalcanti, Nilson Cavalcanti de Albuquerque e Ailson Cavalcanti de Albuquerque, filho, nora e netos do pastor Manoel Olimpio de Holanda Caval canti (pastor Nino) pediram cartas de transferência da IB Capunga para a IBCOR (1952). Outros vieram tarde: Nelson Xavier de Brito, Eliezer de Holanda Cavalcanti e Josias de Holanda Cavalcanti (filhos do pastor Joaquim de Holanda Cavalcanti, irmão de Nino). Muitos outros vieram depois. O próprio pastor Manoel Olimpio de Holanda Cavalcanti veio residir no Recife, depois que (1978), o Sítio Ilheitas, onde estava o templo da Igreja e residiam os mem bros, foi desapro- priado para a construção da Barragem de Tapacurá. Mudou-se depois para Carpina, onde veio a falecer em 16 de dezembro de 1981, sendo o corpo trazido para o Templo da IBCOR, no Recife, onde as 15h00 de 17 de dezembro de 1981, foi realizado o Culto memorial, dirigido pelos Pastores David Mein e Amauri Munguba Cardososeguindo depois o cortejo para o Parque das Flores, onde foi sepultado, sendo eu testemunha. Sua esposa Gemima Xavier de Brito foi membro da IBCOR até a comemoração do Centenário.

A CAMPANHA NACIONAL DE EVANGELIZAÇÃO. A Convenção Batista Brasileira plane-jou (1964) a Campanha Nacional de Evangelização, com o tema “Cristo, A Única Esperança” envol vendo os Batistas do Brasil e suas igrejas, de norte a sul, de leste a oeste, com o alvo de cada Batista ganhando mais uma vida para Cristo. No Estado foram realizadas muitas atividades, aglutinando as igrejas, de modo articulado, em campanhas de atividades coletivas, como as clarinadas e os grande eventos de massa, a concentração no Parque Treze de Maio, com coral formado por membros de várias igrejas, regido pelo maestro Isaque Aragão (Manoel Alves Barbosa). Em todas essas atividades a IBCOR esteve presente com seu pastor e seus membros envolvidos na Campanha. Cabe destacar que, desde a Campanha Nacional de Evangelização em 1965, a IBCOR ocupou posição de destaque contribuindo com regentes, músicos e coristas nos eventos da denominação. Destacam-se o professor Isaque Aragão, que dirigiu coros das Igrejas Batistas, inclusive na Concentração no Parque Treze de Maio.

AS CRUZADAS DE EVANGELIZAÇÃO DO GRANDE RECIFE (CEGRES). As igrejas Batistas do Estado organizaram duas grandes campanhas de evangelização na Região Metropolitana, denominadas Cruzadas de Evangelização do Grande Recife (CEGREs), sendo a primeira após a Campanha Nacional e a segunda em setembro de 1973. A II Cruzada de Evangelização do Grande Recife teve polos de concentração, culminando com as Conferências Evangelisticas no Ginásio de Esportes Geraldão, tendo como pregador o Pastor Nilson do Amaral Fanini, da PIB Niterói, no Rio de Janeiro e tendo como tema: “O Novo Recife Precisa de Jesus Cristo” e o hino oficial “Cristo Minh’Alma Salvou”, de autoria de Charles Gabriel e Rufus McDaniel, traduzido por Fred Spann. Durante essa Campanha, as Igrejas Batistas do Recife preparam inúmeras atividades nos seus Templos e participaram da grande mobilização para ocupar o Geraldão com mais de vinte mil pessoas. O Grande Coral de Mil Vozes, diariamente, apresentou músicas de enlevo, sendo dirigido pelo Pastor Fred Spann e integrande por dezenas de membros da IBCOR. Recordo-me do fato de que, na terceira noite, faltando energia elétrica por quinze minutos, o maestro Fred Spann, inspirado, em plena escuridão, começou a cantar o hino oficial “Cristo Minh’Alma Salvou”, enquanto regia com o rio de luz de uma pequena lanterna. A multidão de
cristãos e de convidados cantou a plenos pulmões, acompanhando apenas o movimento da luz na mão do regente, durante todo o período em que o véu da escuridão cobriu o ginásio transfor-mado em Templo sagrado. No final do culto, duas centenas de pessoas, tocadas pelo Espírito Santo, buscaram os conselheiros. A IBCOR participou ativamente do evento, transportando a cada noite, uma centena de pessoas em ônibus, além dos que foram nos seus automóveis.

O MOVIMENTO VOLUNTÁRIOS DE CRISTO (1975). Na década de setenta, surgiu um movimento de reavivamento e despertamento espiritual entre jovens e adolescentes da IBCOR, denominado pelos próprios integrantes de Voluntários de Cristo. O movimento se espalhou nas igrejas Batistas do Recife, do Estado e depois do Estado e da Região Nordeste, resultando em dedicação de vidas e de vocação para o Ministério. O movimento, que começou na a forma de cultos de oração e louvor, continuou mais tarde em vigílias de oração, alcançando o auge nos anos de 1975 a 1977. Ele influenciou a Juventude da IBCOR, em sua maioria, e se espalhou pelas igrejas Batistas dos arredores, na Capital, no Estado e atingiu os estados vizinhos. Jovens
e adolescentes afastados do rebanho do Senhor retornaram à casa paterna. Muitos foram ganhos para Cristo. Muitas vidas foram dedicadas ao Ministério da Palavra a partir de experi-ências nos seus momentos de culto e consagração. A liderança desse grupo era composta de seminaristas, mais tarde pastores Marcos Adoniram Monteiro, Flavio Marconi Monteiro e
Lecio Wanderley, entre outros.

A COMEMORAÇÃO DO JUBILEU DE PRATA DO PASTORADO DAVID MEIN. A IBCOR celebrou, em 3 de junho de 1976, o Jubileu de Prata do pastorado David Mein na Igreja, com Culto de Ação de Graças a Deus pela vida do seu Servo. O culto teve início com processional, onde o Pastor David Mein adentrou o Templo, acompanhado de Pastores e de Diáconos da
Igreja. No decurso da programação do culto, manifestaram-se pela palavra, o seminarista Flávio Marconi Monteiro, representando os estudantes ministeriais; pela música, o Coral Sinfônico do STBNB e o Coral da IBCOR; pela oração, o Pastor Livio Cavalcanti Lindoso; pela mensagem,
o pregador convidado, Pastor Jezimiel Norberto da Silva. Manifestaram-se representantes de departamentos e organizações da IBCOR. Uma palavra de agradecimento do Pastor David Mein e a Benção Apostólica proferida pelo homenageado, encerrou o culto.

II CAMPANHA NACIONAL DE EVANGELIZAÇÃO. A Convenção Batista Brasileira (CBB) promoveu, em 1980, a Segunda Campanha Nacional de Evangelização, sob o lema "Cristo, A Única Esperança, tendo como Hino Oficial "Só Jesus Cristo Salva", de autoria de Nabor Nunes Filho, antigo membro da IBCOR. Durante a campanha, as Igrejas Batistas do Estado preparam inúmeras atividades de proclamação do Evangelho, inclusive algumas gigantescas mobilizações no Ginásio de Esportes Geraldão, onde foram realizadas concen- trações com mais de vinte mil participantes. Nessa série de conferências no Geraldão, houve diariamente a apresentação de músicas por Grande Coral Batista, com duas mil vozes, dirigido pelo Pastor Fred Spann. A IBCOR participou ativamente desse empreendimento e, a cada noite, transportou um grande número de pessoas em cinco ônibus urbanos, mais dezenas membros que se deslocaram em seus automóveis. Contribuiu ainda, com mais de cinqüenta membros para o Grande Coral.
A IGREJA E O SEMINÁRIO. A IBCOR, durante o pastorado David Mein, em particular pelo fato do pastor ser Reitor do Seminário Batista (STBNB) tornou-se laboratório para alunos dos vários cursos do STBNB. Nela foram criadas e experimentadas novas técnicas pedagógicas e de admi nistração. Mais tarde, com a vinda do Pastor Fred Spann, diretor do Curso de Música do STBNB, para servir como Ministro de Música da IBCOR, a área Músical da IBCOR foi privilegiada como laboratório para músicas, mais tarde disponibilizado para a denominação. O Pastor David Mein, durante todo o pastorado na IBCOR, exerceu de forma continua, a direção do STBNB embora fosse instado pela Junta de Richmond a dedicar-se exclusivamente ao último.

O PLANO COOPERATIVO DA CBB. No campo denominacional há mais uma contribuição
do Pastor David Mein a ser registrada, hoje quase esquecida. Ele foi o autor da proposta de contribuição financeira das Igrejas para a denominação, cujas primeiras idéias sairam da sua mente e do seu amigo Joseph Underwood, missionario, secretario executivo do campo, conhe-cida como Plano Cooperativo e que até hoje é a forma prática e democrática de sustento do trabalho Batista no Brasil.

OS PRIMEIRO FRUTOS DO MINISTERIO. Entre os primeiros convertidos batizados por David Mein – e ainda membro da IBCOR – está o casal Jardelina Lima e Silva e Sebastião Gomes da Silva, que deram profissão de fé em 30 de outubro de 1960 e foram batizados
em seguida

A REFORMA DO TEMPLO. O atual templo da IBCOR, construído no pastorado Manuel Ferreira da Paz (1911), edificado em taipa e coberto de telhas, recebeu reformas. A primeira reforma ocorreu no pastorado de Sebastião Tiago Correia de Araújo, quando as paredes foram edificadas em alvenaria, sendo inaugurado durate a Assembleia da Convenção Batista Evange-lizadora (1950). Sofreu uma nova reforma no pastorado David Mein (1966), quando teve a área aumentada e foi modificada sua fachada, inclusive com a inclusão da torre. No final de 1969 um problema na cobertura levou a uma reforma de emergencia, na estrutura no telhado e coloca- ção da plataforma, enquanto a Igreja se reuniu no galpão situado na parte posterior.
O CRESCIMENTO DA IGREJA NO PASTORADO DAVID MEIN. O crescimento da Igreja durante o pastorado David Mein ocorreu não apenas no aspecto numérico dos membros e no desenvolvimento sócio-econômico e intelectual da comunidade, mas em particular no aspecto espiritual. A igreja era um corpo fiel às doutrinas cristãs, coesa na participação dos cultos e nas atividades de estudo e treinamento cristãos. Cuidava também da assistência social da comu-nidade, com os seus membros envolvidos em assistência médica e odontológica, através dos seus profissionais engajados voluntariamente na atividade, além de assistir economicamente, com alimentos e remédios, parcela da comunidade carente.


BIOGRAFIA DE DAVID MEIN. David Mein nasceu em 21 de novembro de 1919, na cidade de Grand Rapids, Michigan (USA), a terra natal de sua mãe, filho dos missionários Elizabeth e John Mein. Neto de britânicos (lado materno) e de alemães (lado paterno), herdou dos primei-ros (ingleses e escoceses) o respeito à pontualidade e o uso racional do tempo e dos últimos (alemães), a lógica e a síntese de pensamento, que o transformaram num dos pregadores de maior poder de síntese. A sua forma de pregar e o conteúdo das suas mensagens foram objeto de tese de doutoramento de Jilton de Moraes Castro, à época Pastor da Igreja Batista Imperial e professor do STBNB, com o titulo “O valor da brevidade para a relevância da pregação. Ensaio a partir de uma análise critica do trabalho homilético de David Mein”. Esta tese foi apresentada
à Comissão de Doutorado do STBNB em 1993, tendo o autor obtido o seu Grau de Doutor em Teologia. Sua disposição racional do tempo permitiu, de modo simultâneo, dirigir o STBNB por trinta e cinco anos (1950-1985), pastorear a Igreja Batista do Cordeiro durante trinta e um anos (1951-1982), dar assistência pastoral à Igreja Batista de Viração (em Bonito, no interior do
Estado). E que fosse ainda uma pessoa envolvida com os trabalhos da denominação, ativo participante dos trabalhos da Convenção Batista Evangelizadora, inclusive seu Presidente
por vários mandatos e Secretário Executivo em duas oportunidades. Presidente da Convenção Batista Brasileira (CBB) e seu vice-presidente em quatro mandatos, exerceu a Secretaria da ASTE – Associação dos Seminários Teológicos Evangélicos, cuidando da sua família, atendendo compromissos para pregar em igrejas e instituições espalhadas pelo país e nos Estados Unidos. Nas suas férias, ensinava em Seminários nos Estados Unidos e pregava em inúmeras igrejas, divulgando o trabalho missionário realizado no Brasil pelos integrantes da Junta de Richmond.
A família e a origem. Os pais (Elizabeth e John Mein), missionários da Junta de Richmond no Brasil, onde chegaram em 1915, designado ele para servir na Casa Publicadora Batista da CBB,
no Rio de Janeiro, capital da Republica. Lá trabalhou até 1917, quando foram transferidos para Campos, ainda no Rio de Janeiro, onde ele assumiu a direção do Colégio Batista Brasileiro (depois transferido para a Capital). Em 1919, as notícias das necessidades gritantes do Nordeste, em especial de Alagoas, fizeram John Mein desejar trabalhar naquele Estado.

A viagem do casal Mein aos Estados Unidos, para gozo de férias, em companhia dos filhos John Gordon (7 anos), Robert (4 anos) e William Carey (1 ano), em navio, foi tumultuada, porque Elizabeth estava grávida no sétimo mês e viagem marítima teve um incêndio que tornou necessário retirá-la em um cesto. O casal, durante as férias, residiu com a família de Elizabeth, em Grand Rapids, Michigan (USA), onde, em 21 de novembro de 1919, nasceu o filho que recebeu o nome de David, como o pastor-rei, e estaria destinado por Deus a fazer grandes coisas para Ele. O desejo de trabalhar em Alagoas fora amadurecido por John Mein, de modo que, ao ser apresentado à Junta de Richmond, recebeu plena acolhida: o casal foi transferido para Alagoas. A carência de obreiros no Nordeste, especialmente em Alagoas, era muito grande, sendo esse Estado, na maior parte do tempo, assistido pelos missionários sediados no Recife, com as dificuldades decorrentes da distância e do transporte. Na época, o trem da ferrovia inglesa gastava dois dias de Recife para Maceió, pernoitando em União dos Palmares (AL).
Chegando em Maceió em 26 de agosto de 1920, com a família mais númerosa do que saíra de Campos, o casal Mein iníciou o trabalho na cidade onde nasceu sua única filha, Margareth Elizabeth. O seu ministério no Estado durou dez anos (1920 a 1930), com pequeno intervalo (1926) quando John Mein mudou com a família para Salvador, para substituir o missionário residente em Salvador, como Secretário Convenção Baiana. O casal Mein fundou uma escola anexa à PIB Maceió e, a partir desta, o Colégio Batista Alagoano. John Mein ainda promoveu a organização da Convenção Batista Alagoana, no período de 24 a 26 de maio de 1921. Elizabeth Mein trabalhou ao lado do marido até 1946, quando faleceu e foi sepultada no Cemitério Britânico do Recife. Em 1982, os seus restos mortais foram trasladados para o campus do STBNB, onde repousam junto do jazigo da pioneira Anna Luther Bagby, também falecida no Recife e, igualmente sepultada no Cemitério Britânico, e depois trasladados (1982) os seus restos mortais para o mesmo campus.

Viúvo, John Mein, casou uma segunda vez, com Mildred Cox, missionária solteira servia no Brasil desde 1932, como professora e depois Diretora da Escola de Trabalhadoras
Cristãs (ETC), hoje SEC Seminário de Educação Cristã. John Mein trabalhou no Brasil até 1952, quando se aposentou e retornou aos Estados Unidos, onde faleceu (1962). Sua viúva, Mildred Cox Mein, retornou ao Brasil para servir no querido Seminário de Educadoras Cristãs (SEC).
A Vida de David Mein. Nascido em 21 de novembro de 1919, David Mein chegou ao Brasil em 26 de agosto de 1920, isto é, com oito meses e cinco dias de idade. Passou a sua infância em Maceió (AL), onde seu pai foi o missionário do Estado, Secretario Executivo do campo, e Pastor da PIB de Maceió. Recebeu as primeiras letras no lar, ensinadas por sua mãe, educadora nata, e mais tarde na Escola Anexa da Igreja Batista e, mais tarde, Colégio Batista Alagoano, fundado por seus pais. A partir de 1930, fez exame de admissão ao Curso Ginasial, no Colégio Americano Batista, no Recife, para onde os pais haviam se mudado e onde estudou até 1934. No período, começou a fazer incursões pelo interior e tomar gosto pela vida rural, tendo passado alguns períodos de férias em Ilheitas, no sítio do Pastor Nino (Manoel Olympio Cavalcanti) e de Gemima Xavier de Brito. Passou a nutrir admiração e amizade pelos veteranos obreiros de Cristo, amizade esta que se perpetuou até o falecimento de Nino e dele próprio. David Mein tinha consciência da sua missão de pregador da Palavra Sagrada, o Evangelho de Cristo. Na infância, declarava para todos que sua vocação era ser missionário. Em torno dos onze anos, aprendeu tocar órgão e piano e, nas viagens do pai no interior de Alagoas, passou a auxiliá-lo, tocando hinos num órgão portátil. Desde os oito anos já pregava. Sua chamada para Missões
ocorreu na Assembléia Batista do Norte, em 1931, quando ouvia o pregador Ricardo Inke, fato declarado por ele na época.
A formação universitária e teológica. Em 1935, David Mein foi estudar no Georgetown College
(USA), onde esteve entre 1935 e 1939 e onde concluiu o curso de Bacharel em Letras. Cabe registrar o fato dele haver continuado a estudar Música, cursando todas as disciplinas dessa área, recebendo o grau de Bacharel em Música. Concluída a formação humanística, antes de iniciar o curso teológico, no período de 1939-1940, David Mein voltou ao Brasil, para um período de férias de um ano, posto que seus pais o achavam muito jovem para tomar a decisão
– que estava tomada. Nesse período, foi ajudar o Pr. Albérico Alves de Souza, que até então trabalhava sozinho, dando assistência a nove igrejas no Estado de Sergipe. David Mein atendeu ao desafio e foi auxiliar o Pr. Alberico Souza. Nesse tempo, ainda colaborou na União de Estu-dantes Batistas, no Recife, foi decisivo na sua decisão de dedicar-se ao Ministério da Palavra como missionário. Regressou aos Estados Unidos (1940 e ingressou no Southern Theological Seminary, em Louisville, onde fez o Mestrado em Teologia, concluído em maio de 1943. Desejando aprimorar-se, ingressou no Doutorado em Teologia (Th. D.), onde recebeu o grau com a tese The Contri buitions of Baptists to the Life of Brazil (As contribuições dos Batistas para a Vida do Brasil), em 3 de Maio de 1944. Depois de concluído o Mestrado em Teologia, apresentou-se à Junta de Richmond, sendo nomeado, em outubro de 1944, missionário para o campo brasileiro.

O casamento e a vinda para o Brasil. David Mein casou com Lou Demie Segers em 24 de
abril de 1943. O casal embarcou para o Brasil em 11 de maio do mesmo ano. Ele desejava ensinar no STBNB, mas seu pai, que era o diretor, tinha um princípio, segundo o qual todo missionário, antes de ensinar, necessitava adquirir experiência de evangelização no campo. Assim, nem ao próprio filho do diretor foi aberta exceção, que foi trabalhar no campo sergipano, onde servira voluntariamente alguns anos antes. Trabalhou David Mein no campo sergipano por três anos (1945-1948), residindo em Aracaju, Pastoreando a PIB de Aracaju, assistindo as às igrejas de Própria e Maruim, no interior do Estado. E quando, nessa época, foi organizada a Convenção Batista Sergipana, a nomeação do cargo de Secretário Executivo recaiu sobre ele. Na época a consciência da necessidade do preparo intelectual e teológico fez com
que ele incentivasse vários obreiros a virem ao Seminário para preparar-se, como o Pastor João Camilo dos Santos, que depois se dedicou ao trabalho no Sertão de Pernambuco.

Em Aracaju, David Mein fundou um ambulatório, que durante muito tempo serviu à população local. O casal David Mein, já residindo no Recife, foi agraciado por Deus com três filhos: John Edwin (casado com Lucia Aragão), Margareth Ruth (casada com David James) e Mildred
Elizabeth (casada com John James), que lhe deram três netos: Jessica, James e Tom.
O magistério teológico. David Mein recebeu, em 17 de dezembro de 1948, o convite da Junta Administrativa, por voto unânime, para ensinar no STBNB, passando a ministrar aulas de Missões, área de sua especialidade, História da Igreja Cristã, História dos Batistas e Adminis-tração Eclesiástica e, mais tarde, Teologia Contemporânea, Teologia Sistema, Novo Testamento, Homilética, Psicologia Pastoral, Evangelismo, Introdução Bíblica e Religiões Comparadas.
Há uma atividade peculiar que merece destaque sua participação como regente do Coraldos alunos do STBNB e do SEC, nos primeiros anos no Recife, quando também ensinou no SEC.

O casal David Mein se transferiu de Aracaju para o Recife, onde passou a servir, além do STBNB, a PIB da Torre, pastoreada por Antonio Marques Lisboa Dorta, ocasião em o casal passou a dirigir a Escola Bíblica Dominical nessa Igreja. Lá dedicou-se por três anos ao magistério da Bíblia, ensinando na EBD, até que, em 1951, recebeu o convite para Pastorear a IBCOR, que acabara de perder o Pastor Sebastião Tiago Correia de Araújo. A direção do Seminário. David Mein serviu como diretor interino do STBNB, em 1949, na ausência de John Mein. Em dezembro, foi eleito para a direção do STBNB, sendo empossado em 31 de dezembro de 1952, cargo que exerceu com dedicação extrema até outubro de 1984. Três quartos das insta-lações físicas do STBNB foram edificadas na sua administração. O número de alunos matriculados aumentou de 41, em 1954, para 810, em 1984 e o número de professores de 7 para 62. O progresso da instituição, em todas as áreas, foi notável, a ponto dele dizer Jilton Moraes: “A Casa dos Profetas, na Rua do Padre Inglês, no Recife, tem dois tempos: antes e depois de David Mein. Seus 32 anos de reitorado não apenas marcaram história, mas fizeram uma nova historia”.

AS HOMENAGENS RECEBIDAS. O Pr.r David Mein, ao longo de sua vida, em especial nos últimos anos no Brasil, recebeu homenagens do meio Batista e fora dele. A Câmara Municipal do Recife agraciou-o com o título de Cidadão Honorário da Cidade do Recife, honraria entregue em 25 de abril de 1974, na presença de pastores, de membros das Igrejas Batistas, de missio-nários, do cônsul americano e de pessoas do seu relacionamento172. A IBCOR outorgou o titulo de Pastor Emérito na ocasião da sua despedida do Pastorado (1981), fato registrado no Jornal Batista173. O STBNB, por sua Junta Administrativa, em 1984, outorgou os títulos de Professor
Emérito e Reitor Emérito, com entrega do diploma, hoje afixado na Sala David Mein, que abriga sua Biblioteca e Memorial. A Junta de Richmond, em 1985, outorgou o titulo de Missionário Emérito dos Batistas do Sul dos Estados Unidos. Finalmente, a Assembléia da Convenção Batista Brasileira, em 1994, outorgou-lhe o titulo de Presidente de Honra da CBB. David Mein partiu para o encontro com o Senhor em 18 de setembro de 1995, na Cidade de Valdosta, na Geórgia (USA). Sua fiel companheira, Lou Demie, havia partido antes dele.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

HISTORIA DA IBCOR: o pastorado Sebastião Tiago Araujo



Capitulo V
O PASTORADO SEBASTIÃO TIAGO CORREA DE ARAÚJO


O pastorado de Sebastião Tiago Correia de Araújo na IBCOR se estendeu de 18 de julho de 1926 a 27 de abril de 1951, quando o Senhor o chamou para a Glória. Sua eleição para o pastorado da IBCOR ocorreu em 22 de Junho de 1926, quando a Igreja também elegeu três novos diáconos: Lourenço Alves Barbosa, José Lourenço e Amaro Pereira, e foi designado o dia 18 de Julho de 1926, data comemorativa do Aniversário da Socie- dade de Senhoras, para a posse. O pastor Tiago Araújojá dirigia a Igreja nos últimos meses do pastorado de Manuel da Paz em face da doença deste. Indicado o nome para o pastorado da Igreja, pediu exoneração do cargo de moderador até a igreja tomar uma decisão quanto ao assunto. Empossado o novo Pastor, o seminarista Jose Vidal de Freitas se exonerou do cargo de auxiliar do Pastor, indo Pastorear a Igreja Batista de Gravatá, onde foi consagrado ao Ministério da Palavra.

Uma das primeiras tarefas do Pastor Tiago Araújo, ao assumir o pastorado, foi levar a Igreja a reformar o Templo para acomodar melhor a comunidade, iniciando uma campanha para reconstruir o Templo, desta feita em alvenaria de tijolo. Começou um trabalho pastoral para animar a Igreja a retomar suas atividades após meses de enfermidade do seu antigo pastor. O 22o. aniversário, em 15 de novembro de 1927, foi comemorado de forma festiva, sendo orador o veterano pastor Pedro Falcão.

A IBCOR organizou, em 29 de julho de 1929, durante o Pastorado de Tiago Araújo, a Igreja Batista em Bento Ribeiro (hoje PIB), no Rio de Janeiro (então DF). Essa igreja foi formada por membros oriundos da IBCOR e da IEB da Várzea, que haviam
se transferido para esse subúrbio do Rio de Janeiro. Organizada, a Igreja Batista de Bento Ribeiro elegeu para pastoreá-la Sebastião Tiago Correia de Araújo, o qual peri odicamente viajava até ao Rio de Janeiro, de navio, para dar assistência à comuni dade, celebrar a Ceia do Senhor e realizar batismos. Entre uma visita e outra, enviava mensagens escritas, lidas dominicalmente no Templo, a título de sermão,
à semelhança das cartas enviadas pelos apóstolos para as igrejas cristãs primitivas.

A IBCOR permaneceu vinculada à Convenção Batista Regional e à Associação Batista Brasileira (ABB) até 1938. A IBCOR ao tomar conhecimento de que o Seminarista João Norberto da Silva, que fora membro, participara de ato de consagração ao ministério pastoral, na Igreja Batista do Zumby (“chamada de Igreja Batista Americana do Zumby”), fez um protesto. O ato tivera a presença do Diácono Gabriel Arcanjo, da IEB da Várzea, que também gerou protesto da IBCOR, porque o Pastor Tiago Araújo era o Secretário Executivo da Convenção Regional e da ABB, cargo exercido em boa parte desse período, quando atuara na mediação de conflitos, como o que envolveu o Pastor Pedro Falcão e a Igreja Batista da Paraíba (João Pessoa) e o obrigou a se deslocar para aquela cidade, para conciliar os ânimos. Ainda no ano de 1931, a IBCOR, através do seu Pastor e Diáconos, participou da consagração, ao Ministério da Palavra,
de Manoel Batista e de José Domingos de Figueiredo. Em 1933 participou também da consagração do seminarista José Lins de Albuquerque73, aluno do Seminário Batista
Brasileiro. As igrejas remanescentes da ABB, em 1938, realizaram uma Assembléia, na Igreja Batista da Torre, onde deliberam dissolver a Associação e se filiarem à Convenção Batista Brasileira e à Convenção Batista Pernambucana, encerrando
o Movimento Radical.

O mausoléu do pastor Manuel Corinto Ferreira da Paz, no Cemitério da Várzea,
cuja construção fora iniciada em maio de 1926, logo após seu falecimento, foi concluido em 1930, sendo inaugurado com a presença de membros das várias igrejas em que Manoel da Paz fora Pastor e de muitos outros que o conheceram e admiravam.
A residência Pastoral da IBCOR teve sua construção iniciada em 1931, no mesmo terreno em que estava edificado o Templo. Mais tarde, com a aquisição dos lotes de terrenos vizinhos, a casa Pastoral foi reformada.

A comemoração do 26º Aniversário de organização da IBCOR, em 15 de novembro de 1931, contou com a presença de dois oradores convidados - Pastores José Vidal de Freitas e Natanael Dantas. No Pastorado de Tiago Araújo a IBCOR manteve a preocu-pação com a formação intelectual dos seus membros, reorganizando a sua escola anexa, agora sob o nome de Instituto Batista do Cordeiro. Encaminhar alguns dos alunos que concluíam o ensino básico para o Colégio Batista Brasileiro, onde receberam bolsas de estudo: Iracema Correia, José Ferreira, Maria Aragão, Nehemias Pereira e Doralice Aragão (tia da homônima).

A IBCOR, em fevereiro de 1933, elaborou os primeiros Estatutos de que encon-tramos notícia. Depois de aprovados, eles foram encaminhados para o respectivo registro. Todavia, lamentavelmente, a pesquisa efetuada no Cartório de Registro de Documentos e de Pessoas Jurídicas não logrou êxito na sua localização.

O irmão Isaque Aragão (Manoel Alves Barbosa) foi eleito, em 10 de dezembro de 1947, Diretor de Música da IBCOR, substituindo ao irmão Nelson Pereira permanecendo nessa função por vários anos, até que suas atividades profissionais o impediram de continuar.

A eclosão da Segunda Guerra Mundial, em 1939, modificou a situação social econômica, criando dificuldades em todo o mundo. O comércio e a indústria do Nordeste e do Brasil foram afetados pela retração do mercado e pelo aumento nos preços da matéria prima, com a conseqüente redução da atividade econômica e diminuição da oferta de emprego. A maioria dos membros da IBCOR eram, nessa
época, empregados das fábricas têxteis que abundavam nos bairros da Torre, do Cordeiro e da Várzea, e sofreram as conseqüências da situação econômica.
Os frutos presentes do pastorado Tiago Araújo.

Entre os frutos do pastorado de Sebastião Correa de Araújo estavam presentes na Igreja na comemoração do centenário, recebidos década de quarenta: (a) por batismo: (1) Manoel Alves Barbosa (conhecido como Isaque Aragão), suas cunhadas Iraci Alves Aragão e Abigail e a esposa Doralice Barbosa e o primo Edgar Alves Aragão (primeiro universitário batista pernambucano); (2) Raquel Aragão Cavalcanti de Albuquerque; Anatilde Lira de Souza, mãe de Neemias Lira, que com a família são membros da Igreja; e (4) Maria do Carmo de Souza. Isaque, Doralice eram pais de Liliane e Humberto. Edgar, casado com Dulce Marques do Aragão, tem os filhos Alda, Célia, Suely, Edgar Júnior, Deyse, Pedro Henrique e Marcelo, que ainda eram membros da
Igreja, à exceção de Suely que, com seu carisma e simpatia, que o Senhor tomou para Si, para ornar a mansão celestial, deixando saudosos os que a conhecemos; (b) por carta de transferência: Hermengarda Alves Sales, vinda da IEB da Várzea. Hermengarda casou com Manoel Rocha e alterou o nome para Hermengarda Sales Rocha. O casal teve
os filhos Marcos, Marli, Miriam, Manoel Filho, Marta, Marlene, Márcia, Marisa e Moisés, os quais são, à exceção do primeiro e do terceiro, membros da Igreja.
Isaque, Doralice, Edgar Aragão e Hermengarda Rocha (minha mãe do coração) já foram chamados ao Lar Celestial, deixando saudades.

O Novo Templo da Igreja. O segundo Templo, que seria edificado sobre o primeiro, com alteração de sua área e arquitetura, teve concluída sua construção na década de quarenta. Esse Templo foi uma obra de fé, construído numa época de difícil situação econômica, depois da grande depressão até o início da segunda guerra mundial. A economia brasileira e nordestina na época sentiram os efeitos, especial mente as industrias têxteis, empregadoras da maioria dos membros da Igreja. O Pastor Tiago Araújo, porém, não era homem de esmorecer e, com a fé firmada no Senhor, levou o seu rebanho a edificar o maior e mais belo Templo Batista da capital. Nele, os cordeirenses cultuaram a Deus até 1970. Nessa época, sofreu uma ampla reforma, podendo hospedar muitas assembléias e reuniões da denominação, entre as quais a Assembléia da Convenção Batista Evangelizadora de Pernambuco, em 1944.

A IBCOR, no seu pastorado, participou da Campanha Simultânea de Evangelização, promovida pela Junta Evangelizadora (1951). Nesse período a IBCOR convidou o Semina rista Jesimiel Norberto da Silva para auxiliar do Pastor Tiago Correia de Araujo, tendo esse irmão servido à Igreja até depois da posse do Pastor David Mein. Foi inclusive convidado a assumir o Pastorado efetivo da IBCOR, em 1952, convite que declinou82. Trabalhou como Pastor adjunto até 1953.

O Pastor Tiago Araújo, durante o Pastorado da IBCOR, pastoreou, de forma simul-tânea, as Igrejas Batistas do Monteiro (Recife), da Estância (Recife), a Igreja Batista de Moreno e de Bento Ribeiro (RJ). Nos últimos anos do seu Pastorado, teve que reduzir sua atividade, em face da doença que o afligia. Ao falecer o Pastor Sebastião Tiago Correa de Araújo em 27 de abril de 1951, o Seminarista Jesimiel Norberto assumiu a direção da Igreja na parte espiritual, até que esta escolheu e empossou o Pastor David Mein.

Biografia do Pastor Sebastião Tiago Correia de Araújo. Alagoano de Rio Largo, nasceu a 26 de agosto de 1894, filho de Lúcio Correia de Araújo e de Galdina Maria de
Araújo, residentes na vila Cachoeiras, município Santa Luzia (AL), no então distrito de Rio Largo. Converteu-se a Cristo ouvindo mensagem pregada pelo Pastor Manoel
Virgínio de Souza. Batizado, em 18 de abril de 1914, pelo Pastor José Pereira Salles, na Igreja Batista do Rio Largo. No dia 30 de abril de 1915, foi consagrado Diácono dessa Igreja, passando a servir como auxiliar do Pastor José Pereira Salles durante dois anos, sendo recomendado ao Seminário Batista no Recife, onde chegou em 1918, como afirma José Alves Feitosa, seu colega de turma. No Recife, trabalhou como auxiliar do Pastor Manuel Corinto Ferreira da Paz, na Igreja Batista do Cordeiro. Mais tarde, na Igreja Batista do Cabo, foi auxiliar do Pastor Pedro Falcão. Deixando o Pastor Pedro Falcão o Pastorado, em 1920, a Igreja Batista do Cabo o convidou para o seu ministério, sendo consagrado no Templo da IBCOR, em Concílio composto dos pas tores Pedro Falcão (presidente), Antonio de Castro (secretário), David Luke Hamilton (examinador), Manoel Corinto Ferreira da Paz, Abílio Pereira Gomes, J. P. de Castro, Cleóbulo Cardoso, Eloy Correia, João Jorge de Oliveira e dos diáconos Pedro Pereira, José Batista A. Falcão e Manoel Raimundo. Casado em primeiras núpcias com Raquel Correia de Araújo, teve a filha Judith e mais outra, que morreu com a mãe na ocasião do parto. Casou em segundas núpcias com Maria Pereira da Cruz, uma jovem viúva, com dois filhos (Daniel Porfirio da Cruz e Elias Porfírio da Cruz), sendo o casamento celebrado pelo missionário William Carey Taylor, em 22 de setembro de 1922. Aos três filhos, o casal juntou outros onze: Silas, Raquel, Paulo, Ligia, Vasty, Edson, Lutero, Sulamita, Jessé, Isabel e Miriam. O casal ainda teve vinte e seis netos e muitos bisnetos, alguns membros da IBCOR até data recente: Ester Araújo Oliveira, Misael Aragão Araújo (casado com Lindinalva) e sua filha Solange e Moisés Correia (casado com Luciara) e seus filhos. No seu Pastorado, a Igreja hospedou várias vezes a Convenção Batista. Ainda no seu Pastorado, a IBCOR iníciou a construção do novo Templo, no local do antigo, mas com estrutura, frontispício e área diferentes. Lá hospedou a Convenção Batista Evangelizadora de Pernambuco em 1944. O Pastor Tiago concluiu sua obra em 27 de abril de 1950, quando o Senhor da Seara o convocou para a sua Glória. O Pr José Alves Feitosa, seu amigo e colega de turma ao se referir ao Pastor Tiago Araújo, assim se expressou: “Faleceu às 19 horas do dia 27 de abril do corrente o Pastor Tiago de Araújo, como era tratado na irmandade. Já era esperado desenlace, visto o seu estado de saúde. Aguardava-se o desfecho porque já havia meses que vinha doente sem muita possibilidade de melhora e por isso não nos
surpreendeu a sua morte”.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

HISTORIA DA IBCOR: o movimento radical


Capítulo IV

A IBCOR E O MOVIMENTO RADICAL (1923 – 1936)


O envolvimento da IBCOR, do Pastor Manuel Corinto Ferreira da Paz e do missi- onário William Carey Taylor, além de outros lideres, teve grande repercussão na vida da Igreja durante mais de uma década. Somente com o final desse movimento foi que a vida da Igreja retomou sua normalidade. No curso desse movimento, as Igrejas do Estado se dividiram em dois grupos antagônicos e foi eliminado do rol de membros o missionário William Carey Taylor.

Episódio constrangedor para a nossa História, como cristãos e como Batistas, por dever de fidelidade não podemos omiti-lo, embora em certos círculos ainda seja tabu tratar do assunto. Reis Pereira, na "História dos Batistas no Brasil (1862–1982)" , declara que “a questão radical foi um recurso que usou o Príncipe das Tre vas para deter a marcha de um movimento que ia ganhando casa vez mais força”. Todavia, nós encontramos no episódio, apesar de tudo, um fator de crescimento do cristianismo evangélico e do trabalho Batista em Pernambuco e noutros Estados. Basta verificarmos as igrejas organizadas no auge do movimento. Ainda que o crescimento
numérico tenha decaído num primeiro momento, posteriormente as agencias do Reino de Deus cresceram e frutificaram.

O Sabor Amargo e os Frutos da Querela. O movimento radical surgiu, de inicio, em razão de divergências entre os missionários americanos e os obreiros nacionais sobre as prioridades do trabalho e sobre a utilização das verbas enviadas pela Junta de Richmond, entre educação (prioridade dos missionários) e evangelização (prioridade dos nacionais), além de quem controlaria os recursos. Os missionários também mantinham em suas mãos os postos de controle do campo, restando aos nacionais os secundários. O problema similar surgira, de início, numa outra denominação, de modo semelhante à questão maçônica, quando obreiros nacionais se indispuseram com missionários norteamericanos, em face de intolerância dos primeiros no tocante à filiação a Maçonaria. Carlos Eduardo Pereira, presbiteriano, influen ciou alguns Batistas com suas idéias, chegando suas idéias até Maceió (Igreja Batista de Maceió, AL), onde houve uma cisão no início do Século XX que foi soluci-onada com a intervenção do missionário Robert Edward Pettigrew. A questão radical teve pano de fundo inicial com a questão do sustento próprio, quando os missionários americanos passaram a defender o principio de que cada igreja devia sustentar o seu obreiro e o maior volume dos recursos deveriam ser encaminhado para educação e outras finalidades. Os missionários, por outro lado, entendiam que a gerência dos recursos financeiros deveria ser deles, em razão da política adotada pela Convenção Batista do Sul dos Estados Unidos (Junta de Richmond) em relação aos seus campos missionários. Os obreiros nacionais, por seu lado, desejavam administrar esses recursos e aplicá-los no trabalho de evangelização, inclusive no sustento dos obreiros. Há quem diga que houve componente de orgulho das pessoas envolvidas no episódio, de ambos os lados. O fato é que os missionários ainda não consideravam os lideres locais preparados para administrar os recursos financeiros e estes, por
sua vez, se sentiam diminuídos pelo procedimento adotado.

Os obreiros nacionais julgavam inaceitável esta situação e lançaram um mani festo dirigido aos missionários e, não sendo aténdidos, passaram a retaliar, pas sando o que era mera divergência administrativa a se tornar divergência pessoal.
A primeira manifestação pública de insatisfação ocorreu na Convenção Regional, na Igreja Batista em Vila Natan (Moreno), quando o discurso de um missionário na Bahia,
sobre o sustento próprio do obreiro da Igreja, foi duramente criticado pelos nacionais. Outras manifestações ocorreram em lugares e ocasiões diferentes, até a Assembléia Convencional realizada em 1921, na Igreja Batista do Cordeiro, quando a matéria estava pronta para explodir. Os dirigentes convencionais da ocasião, de modo sensato, contornaram o problema que aflorou adiante. A crise eclodiu durante a Assembléia Convencional de 1922, realizada na Igreja Batista de Gravatá. Acarretou a
divisão do trabalho Batista no Estado em dois grupos antagônicos: os radicais e os construtivistas.58 Os radicais tinham o jornal “O Batista Regional”, dirigido durante algum tempo por Manuel da Paz, enquanto que os construtivistas fundaram “O Correio Doutrinal”, dirigido por William Carey Taylor.

Os alunos do Seminário Batista, exceto dois, abandonaram a Instituição, o que levou a maioria das alunas da Escola de Trabalhadoras Cristãs (ETC) a acompanhá-los em solidariedade. Os Pastores nacionais alojaram-nos, de forma provisória, em residência de crentes e depois alugaram uma casa, na Rua Visconde de Goiana, onde instalaram o Colégio e o Seminário Batista Brasileiro para abrigá-los. Esses alunos do Seminário alegaram para suas Igrejas que tinham sido expulsos, e também as alunas da ETC As Igrejas vinculadas ao grupo radical passaram adotar atitudes estranhas, em retaliação, como não conceder carta de transferência a quem discordava da posição adotada e a eliminar do seu rol de membros das Igrejas todos os que se enquadravam nessa situação, algumas vezes fazendo acusações absurdas. O resultado destas eliminações foi a fundação de várias novas Igrejas: (1) IB Zumby (22 de março de 1923), com vinte e três membros oriundos da IB Torre; (2) IB Capunga (19 de abril de 1923), com treze (13) membros oriundos da PIB Recife e recebidos pela IB de Olinda; (3) IB de Afogados (23 de maio de 1923), com treze (13) membros oriundos da IB Rua Imperial; (4) IB da Concórdia (8 de novembro de 1923), com membros oriundos da PIB do Recife, inclusive o Pastor Orlando do Rego Falcão. Estas se definiram como cooperantes com a Missão norte americana, das quais falaremos adiante com maiores detalhes. No período ainda foram organizadas as Igrejas: Brasileira (Moreno); 1ª Beberibe (Recife), de Campo Alegre, de Escada, de Caruaru, do Oiteiro (em Casa Amarela, Recife), de Casa Amarela (Recife), de Cachoeira (Limoeiro), 2ª de Goiana, de Santo Amaro (no Recife), de Timbaúba (reorganizada), e da Várzea (Recife), filiando-se umas à Convenção Batista de Pernambuco e outras à Convenção Batista Regional. Cabe uma observação relevante. Alguns autores registrem que, no primeiro momento, apenas duas Igrejas, a IB de Olinda e a IB de Lagedo, apoiaram os missio- nários. As demais teriam apoiado a Convenção Batista Regional. Entretanto, Isabel Spacov, ao escrever Igreja Batista da Capunga, Documentando sua Formação, demonstra, por registro documental (a ata de fundação) que cinco Igrejas permaneceram apoiando os missionários no litígio: a Igreja Batista de Olinda, pastoreado por Benício Leão; a Igreja Batista de Vermelho e a Igreja Batista de Limoeiro, pastoreadas por Manoel Olimpio de Holanda Cavalcanti; a Igreja Batista de Ilhetas e a Igreja Batista de Lagedo (Goiana), pastoreadas por Leslie Leonidas Johnson. Estas foram as igrejas que se fizeram representar no Concílio de formação da Igreja Batista da Capunga. O ambiente era de verdadeira guerra, com pouco respeito ético aos adversários de idéias, alguns dos quais se tornavam adversários pessoais. Estando a Convenção Batista Regional estava controlada pelos lideres radicais, cujas igrejas recusaram a cooperação com os missionários da Junta de Richmond, estes patrocinaram a organi zação de nova entidade cooperativa, a Convenção Batista Pernambucana, para con-gregar as igrejas, em número de quinze, que decidiram permanecer cooperando com Missão.

A Assembléia de organização da nova entidade foi realizada na IB da Capunga, em 1º de novembro de 1923, quando elegeu a seguinte diretoria: Presidente: José Paulino Raposo Câmara; Vice-presidente: Leonidas Lee Johnson; 1º Secretário: Acácio Vieira Cardoso; 2º Secretário: Stella Câmara; e Tesoureiro: Arnald Edmund Hayes. O movimento radical arrefeceu em 1925, na ocasião em que foram estabelecidas as Novas Bases de Cooperação, tendo a Convenção Batista Brasileira (CBB) tomado uma posição sobre o assunto. Os recursos obtidos, enviados pela Junta de Richmond, seriam administrados pelos missionários. Os levantados pelas Igrejas locais seriam administrados por estas. Essa decisão foi aceita pela maioria dos obreiros e das igrejas do grupo radical, mas onze igrejas, lideradas pela PIB do Recife, inclusive a IBCOR, preferiram se desligar da Convenção Batista Brasileira (CBB), permanecendo afastadas até 1938. Estas igrejas, juntamente com outras dos Estados da Bahia, de Alagoas, Rio de Janeiro e São Paulo, organizaram a Associação Batista Brasileira (ABB), que estabeleceu cooperação com a a NABA – North American Baptist Association, missão norte americana com sede no Estado do Texas.

Os resquícios do movimento radical desapareceram em 1938, quando as trinta igrejas filiadas à Associação Batista Brasileira (ABB), se reuniram em Assembléia, no Templo da PIB da Torre, e decidiram pela dissolução da entidade. Dezenove destas Igrejas retornaram à Convenção Batista Pernambucana, juntamente com líderes desta cados do movimento: Rosalino da Costa Lima, José de Albuquerque Lins, José Domingos de Figueiredo, Natanael Medrado e Adolfo Lira do Rego. Outras não, como a 2ª Igreja Batista da Torre (organizada em 1937) se fundiu com a PIB da Torre, pasto- oreadas pelo Pastor Antonio Marques Lisboa Dorta, mudando o nome para Primeira Igreja Evangélica Batista da Torre. Estava encerrado o primeiro grande cisma entre os Batistas de Pernambuco.

Uma nova cisão ocorreu em 1940, em decorrência de um problema administrativo do Seminário Batista, quando os membros da Convenção Batista Pernambucana deixaram de cooperar com a Missão. Os missionários, novamente, patrocinaram a organização da Convenção Batista Evangelizadora de Pernambuco, passando a haver no Estado duas Convenções, embora ambas filiadas à CBB: a Convenção Batista Evangelizadora de Pernambuco e a Convenção Batista Pernambucana66. Essa situação diferiu em muito da anterior porque, embora divergindo quanto às diretrizes administrativas do trabalho, havia um relacionamento fratérno entre os dois grupos de igrejas e de crentes. Havia troca de cartas de transferência de membros, e os obreiros da igreja de um grupo eram aceitos para Pastorear igrejas do outro grupo.

A cisão, foi finalmente encerrada em 1973, numa Convenção conjunta, onde as duas convenções se fundiram na Convenção Batista de Pernambuco. Essa assembleia conven cional histórica, realizada no Templo da Igreja Batista da Capunga, selou de vez a amizade fratérna existente entre todos os Batistas pernambucanos, que passaram a trabalhar em conjunto para o progresso do Reino de Deus, nesta terra do Leão do Norte, reuni dos na Convenção Batista de Pernambuco. Esta, com a herança das ante-cessoras, soma 110 anos de coordenação do trabalho batista no Estado de Pernambuco.